terça-feira, 27 de maio de 2008

Mirante





Gente, este é o local que as bandas que estamos convidando vão se apresentar lá no CCJ. O Espaço chama-se Mirante...


Bjinsssss

terça-feira, 20 de maio de 2008

Furando a Rede



Gente, no percursso do projeto, tive tendo umas idéias pra um curta, tipo ficção sabe. Escrevi até um Roteiro, no qual o Paulinho me ajudou e a Dri junto a mó galera argumentou até resolvermos que não vai ser mais isso que está ai abaixo, estamos pensando em outra coisa. Mas vou sociabilizar o primogenito pro ceis blz!!!





Bjinssss








FURANDO A REDE
CURTA/METRAGEM.
?mm
ROTEIRO
Aline Reis
DIREÇÃO
?
FICÇÃO



Sinopse:
Alice tem uma banda, mas enfrenta grandes dificuldades em arranjar espaços para tocar. Começa a ser repreendida pelos pais que a mandam procurar um emprego, caso contrario teria de sair de casa. Nesse mesmo instante Pedro Paulo, irmão de Alice, assisti uma partida de futebol pela televisão. Em campo, Dentinho, que fora seu amigo de infância e de Alice também. Ironicamente Pedro Paulo interfere na discussão dos pais com Alice, gritando da sala que Alice poderia ser jogadora de futebol. Todos contem a risada, a discussão se da por encerrada quando a menina vai para seu quarto e lá depois de muito chorar, adormece e tem um sonho. O sonho que vai desenrolar toda a historia.
E TUDO É UM SONHO, QUANDO NO SONHO A BANDA FICA FAMOSA, A MENINA ACORDA. E MOSTRA-SE NOVEMENTE NO PONTO COM A SANFONA NAS COSTAS, MAS DESSA VEZ ELA INDO TOCAR E NÃO CHEGANDO EM CASA. ASSIM ELA NÃO BURLA O SISTEMA E CONTINUA NESSE CICLO VICIOSO.


FURANDO A REDE
Externa – primeira tomada – Ponto de ônibus.
Ponto (parada) de ônibus, sanfona no chão. O ônibus chegando e eu dou o sinal. Esta lotado de passageiros.

Interna – segunda tomada - Interior do ônibus.
Dificuldade de se entrar no ônibus até chegar à catraca e passar a sanfona por cima da catraca e de se arrumar um lugar, sento na escada no ônibus.

Externa – terceira tomada - Pam – externa.
trajeto do ônibus e alguns acontecimentos das ruas, acidentes de carro, gente nas ruas vozes de gente, sons de carro, buzinas e o pensamento longe.

Externa – quarta tomada - Parada do Ônibus.
Pam - descendo do ônibus.
Chega o ponto que tenho de descer, dou o sinal, tem fila pra descer, espero, sou uma das ultimas.

Pam – quinta tomada - ajeitando a sanfona e subindo a rua de casa.
Vou à direção de casa, comprimento as pessoas que conheço no caminho, chega à minha rua, olho a ladeira, ajeito a sanfona e subo.

Pam – sexta tomada - procurando a chave
Chego ao portão de casa, procuro as chaves na bolsa com muita dificuldade devido o peso da sanfona, não encontro; perto a companhia.

Externa sétima tomada.
Pam aberto no Pai saindo da Porta em direção ao Portão
(Pai vai abri o portão resmungando).

Pai – Pam
- Cadê sua chave Aline? Esqueceu de novo?

Eu – Pam
- Esqueci pai, oi. (entra no interior da casa).

Pai – Pam
- É sempre assim.
Interna- oitava tomada - interior da casa.
(Pam na mãe)
- Entro minha mãe mal me cumprimenta e já começa a falar do bilhete único dela:

Mãe – Pam
- Engraçada você ne Aline? Onte eu precisei do meu bilhete único e você não apareceu em casa onde você estava?

Pai – Pam
- Pode deixar ele ai.
- É Du, a Aline precisa arrumar um emprego.

Eu - Pam
- Mas eu já trabalho, vocês que não reconhecem isso, raramente to em casa, se não to ensaiando to tocando. Vocês não valorizam nem um pouco.

Pai - Pam
- você tem que arrumar alguma coisa que te dê dinheiro, dinheiro, dinheiro...

Irmão - Pam
Meu irmão, no meio da discussão liga a televisão:
- Vendo futebol.
- Aline porque você não vira jogadora de futebol???
O dentinho esta jogando logo,logo ele fura a rede vai fazer um gol - Todos riem.
(Pam aberto em todos rindo e Aline saindo da sala carregando sua sanfona em direção ao quarto).

Interna (interior do quarto). Pam geral.
Quarto, injuriada, ligo o radio e coloco uma de minhas musicas: Berimbau. Já em prantos chorando vai adormecendo. Música fica de fundo.
Foco no relógio, Foca ela dormindo, movimenta o por estar sonhando e disfoca a imagem.

Externa (estádio de Futebol)
O sonho se da num estádio de futebol. Voz de maração de Futebol. Gente gritando goooooooolllllllllll.

Narrador - Glauber passa pra Jorginho com classe, para o Marquinhos que esta pedindo na lateral esquerda, Bateu chutou Na Traveeeeeeeeee. A bola sobrou na meia lua para Glauber novamente ele esta com a bola em seus pés, passa pro Dentinho, domina na área do gol, Dentinho da um chapéu no zagueiro Pedrinho, dribla o goleiro, tocou pro gol é gooooooooooooooooooolllllllllllllllll... Furou a rede... Que gooooooooooooooolllllllllllllll... Corre pra torcida, levanta a camisa e mostra a camisa de baixo como a frase “O Encanta Realejo” Que gol torcido Brasileira, esse gol foi desenhado como a do realejo... Dentinho esse é o nome dele... Encanta realejo, canta torcida Brasileira...
Golaçoooooooooooooooooooo.

Interna (interior do quarto). Pam fechando close.
Aline acorda gritando goooooooollllllllllllllll.
E como se uma idéia lhe brotasse na cabeça, vai correndo ao telefone e liga para uma amiga pra contar o plano estratégico para fazer sua banda ficar famosa.
A amiga atende sonolenta, antes mesmo de completar a palavra alo, o amigo interrompe e começa a falar da grande idéia.

Eu- Pam
- Inayara, já sei como fazer a banda ficar famosa, eu sonhei que ele fazia o gol...
Inayara – só voz.
- Ele quem? Que horas são?

Eu – Pam
- Isso não importa, essa é a melhor idéia que tive nos últimos tempos. E termina (de contar o sonho).


Inayara – só voz.
- Legal Aline, mas podemos nos falar amanhã quando acordarmos?

Eu – Pam
- Tudo bem Ina, eu vou começar escrever o roteiro então.
-Isso, escreve. (Ela bocheja)
-Tchau.
-Tchau...

Interna (interior da sala)
Alice no computador escreve a sinopse da historia para apresentar para seus amigos.

No mesmo dia depois do horário de almoço todos os integrantes da banda se reúnem na sede onde costumam ensaiar. Alice conta seu sonho. Todos riem. Alguns decepcionados esperando noticias de apresentações com cachês altos. Outros indignados por terem gastado condução só para escutar ladainhas. Um dos integrantes ameaça sair da banda. Por conta do atrito o grupo cancela o ensaio, desprezam Alice e vão embora.

Interna – Na sede onde costumam ensaiar
Eu – Pam
- Galera é o seguinte, tive uma idéia que vai tirar agente da lama. (Alice conta a sua idéia).
- Eu vou ligar pro Dentinho e marcar de trocar uma idéia com ele.

No caminho para o ponto de ônibus com a sanfona nas costas, depois de caminhar muito triste perdendo-se em pensamentos perambulando pelas ruas, Alice passa em frente a uma gráfica. Para, olha bem para ela e entra. Informa-se sobre o valor de uma tela com o nome da banda para estampar numa camiseta. O comerciante diz que é R$30,00. Alice pede para fazer uma. O comerciante diz para Alice deixar metade do valor. Alice Poe as mãos no bolso e tira apenas algumas moedas. O comerciante ri com ar de ironia e diz que essas moedas não são o suficiente. Alice insiste e diz que paga o restante quando vir pegar a tela. O comerciante a olha desconfiado. Alice mesmo assim insiste dando as moedas e um CD demo do grupo. O comerciante aceita. Alice escreve o nome da banda no papel. Despede-se. Vai para o ponto e pega seu ônibus.

Desce do ônibus no ponto próximo a casa do irmão de seu amigo jogador de futebol. Deixa a sanfona na portaria e pergunta se o amigo está. O porteiro diz que ele está. Alice caminha até a casa. Encontra o irmão do amigo jogador de futebol. Cumprimentam-se. Alice vai direto ao assunto. Conta sua estratégia de como fazer sua banda ficar reconhecida. Pergunta se seu irmão faria para ajudá-los. Conta até que já encomendou a tela para estampar o nome da banda na camiseta que vai dar para o jogador. O amigo ri, mas diz que vai conversar com irmão. Alice lhe da um CD e pede para marcar um encontro depois que conversassem. Despede-se e vai embora.

Uma semana depois sem obter resposta alguma, já com a camiseta em mãos, Alice vai até a casa de seu amigo outra vez. Na portaria é informada que ele não estava, pois havia ido visitar seu irmão jogador de futebol. Alice então pede para o porteiro deixá-la usar o telefone. Alice liga para seu amigo e pede para falar com o jogador de futebol. Conversam rapidamente. Alice propõe um encontro. O jogador aceita. Desligam. Alice esperneia de alegria.

Encontro. Começo da noite. Em um barzinho. Alice leva a camiseta estampada. Alice fala sobre sua idéia. Resgata toda uma questão política em relação ao seu pedido. Deixa claro que não é uma questão apenas de fama, mas sim também de chamar atenção para a questão da arte alternativa que vem sendo fragmentada e marginalizada por não se enquadrar nos moldes da indústria cultural. O jogador se vê convencido e até concorda, mas por questões de contrato e por questões de regras internas do próprio jogo de futebol, não poderia fazer o que Alice lhe pedia.
Conversam um pouco mais. Alice entristecida deixa a camiseta estampada com o jogador. O jogador diz que ouviu e que gostou das musicas. Alice sorri. Abraça-o e beija-o. Despede-se e vai embora.

Semanas se passam. A rotina desgastante e as desoportunidades com banda faz com que ela se fragmente. Alice sem mais o que fazer desiste da carreira artística e poe-se a acordar sedo para entregar currículos no centro da cidade de São Paulo. Sua família precisava de sua ajuda no orçamento da casa. O trabalho com musica não bancava sequer o valor de sua condução. Alice não teve o que fazer, teve de ceder ao sistema. Voltou ao ciclo que um dia desejou e tentou sair.

Seu amigo jogador de futebol soube da mudança de rotina de Alice. Alice estava trabalhando numa loja de pasteis. Soube também que sua banda havia se fragmentado. Seu irmão quem havia lhe falado. Sentiu-se culpado.

Dezenove horas e vinte minutos. Começa o jogo. Alice frita pastéis. Os clientes da pastelaria assistem à partida de futebol na televisão. Passa-se vinte minutos e o jogo continua zero a zero. Alice finge ignorar a televisão. Jorge cruza pra Adelmo que joga pra Paulinho que chuta pro gol, na trave. Alice olha a TV com os cantos dos olhos. Rafinha toca pro Dentinho que dribla o goleiro e chuta e é gooollll... Alice se esperneia esperando que o jogador mostre a camiseta da banda. Mas seu desejo não se realiza.
Segundo tempo. Da a partida. Alice frita mais pastéis. Dentinho faz mais um gol. Alice fica cada vez mais entristecida. Faltando vinte minutos para acabar a partida Dentinho faz mais um gol e levanta sua camisa mostrando a camiseta com um nome. O nome da banda de Alice. Alice grita por toda a pastelaria que aquele nome é o nome de sua banda. Acaba o jogo. Os reportes vão abordar Dentinho. Questionam o nome na camiseta. Ele torna a mostrar a camiseta para a câmera e diz ser a banda de uma amiga.

A banda passa a receber convites para participar de programas de televisão. Alice abandona a pastelaria e retoma com sua banda. Passa a fazer turnês. Passa a ser reconhecida.



Música (Alice).

(Misturar uma espécie de ficção com mack- off É possível?)


**********

Fiz até argumento pro Roteiro, pois eu tentei enviar pro edital do MINC, mas por não sermos juridicos não rolou, não consegui correr atraz disso a tempo... Mas rolou...

ARGUMENTO


Alice num final de tarde espera seu ônibus no ponto com sua sanfona pesada nas costas. Trânsito, ônibus lotados, muitas pessoas aglomeradas no ponto. O ônibus chega Alice da sinal. Sente dificuldades de entrar e se acomodar. Está anoitecendo Alice esta indo para sua casa. Alice mora com seus pais.

Alice chega ao portão de sua casa e não encontra as chaves. Aperta a companhia. Seu pai abre o portão resmungando. Alice entra em sua casa. Vê sua mãe cozinhando e seu irmão brincando com seu sobrinho. Sua mãe brava pede para que devolva seu bilhete único. Seu pai diz para Alice arrumar um emprego. Alice diz que já trabalha, mas os pais não reconhecem. Os pais acham que musica não da dinheiro.

Seu irmão no meio da discussão liga a televisão numa partida de futebol. Chama seu pai. O jogador do corintianas em evidencia foi amigo de infância. Todos vão para frente da televisão ver o jogador. O irmão irônico diz para Alice virar jogadora de futebol. Todos riem. Alice vai para o quarto.

Alice sozinha em seu quarto deita-se com seu violão. Lagrimas, pensamentos. Alice adormece.

Alice sonha com uma partida de futebol. Torce em berros por um gol. o jogador chuta e a bola bate a trave.
Alice fica aflita mas continua torcendo. O amigo de infância pega a bola área, dribla o goleiro, chuta e faz um gol e mostra a camisa de baixo com o nome da banda de Alice para as câmeras e para a torcida. Alice acorda gritando gol.

Seis horas da manhã. Alice levanta-se da cama e vai ao telefone. Liga para sua amiga e fala sobre o sonho. Propõe para a amiga uma estratégia para que a banda fique famosa.
A amiga sonolenta, ainda sem muito entender pede para Alice ligar mais tarde.

No mesmo dia depois do horário de almoço todos os integrantes da banda se reúnem na sede onde costumam ensaiar. Alice conta seu sonho. Todos riem. Alguns decepcionados esperando noticias de apresentações com cachês altos. Outros indignados por terem gastado condução só para escutar ladainhas. Um dos integrantes ameaça sair da banda. Por conta do atrito o grupo cancela o ensaio, desprezam Alice e vão embora.

No caminho para o ponto de ônibus com a sanfona nas costas, depois de caminhar muito triste perdendo-se em pensamentos perambulando pelas ruas, Alice passa em frente a uma gráfica. Para, olha bem para ela e entra. Informa-se sobre o valor de uma tela com o nome da banda para estampar numa camiseta. O comerciante diz que é R$30,00. Alice pede para fazer uma. O comerciante diz para Alice deixar metade do valor. Alice Poe as mãos no bolso e tira apenas algumas moedas. O comerciante ri com ar de ironia e diz que essas moedas não são o suficiente. Alice insiste e diz que paga o restante quando vir pegar a tela. O comerciante a olha desconfiado. Alice mesmo assim insiste dando as moedas e um CD demo do grupo. O comerciante aceita. Alice escreve o nome da banda no papel. Despede-se. Vai para o ponto e pega seu ônibus.

Desce do ônibus no ponto próximo a casa do irmão de seu amigo jogador de futebol. Deixa a sanfona na portaria e pergunta se o amigo está. O porteiro diz que ele está. Alice caminha até a casa. Encontra o irmão do amigo jogador de futebol. Cumprimentam-se. Alice vai direto ao assunto. Conta sua estratégia de como fazer sua banda ficar reconhecida. Pergunta se seu irmão faria para ajudá-los. Conta até que já encomendou a tela para estampar o nome da banda na camiseta que vai dar para o jogador. O amigo ri, mas diz que vai conversar com irmão. Alice lhe da um CD e pede para marcar um encontro depois que conversassem. Despede-se e vai embora.

Uma semana depois sem obter resposta alguma, já com a camiseta em mãos, Alice vai até a casa de seu amigo outra vez. Na portaria é informada que ele não estava, pois havia ido visitar seu irmão jogador de futebol. Alice então pede para o porteiro deixá-la usar o telefone. Alice liga para seu amigo e pede para falar com o jogador de futebol. Conversam rapidamente. Alice propõe um encontro. O jogador aceita. Desligam. Alice esperneia de alegria.

Encontro. Começo da noite. Em um barzinho. Alice leva a camiseta estampada. Alice fala sobre sua idéia. Resgata toda uma questão política em relação ao seu pedido. Deixa claro que não é uma questão apenas de fama, mas sim também de chamar atenção para a questão da arte alternativa que vem sendo fragmentada e marginalizada por não se enquadrar nos moldes da indústria cultural. O jogador se vê convencido e até concorda, mas por questões de contrato e por questões de regras internas do próprio jogo de futebol, não poderia fazer o que Alice lhe pedia.
Conversam um pouco mais. Alice entristecida deixa a camiseta estampada com o jogador. O jogador diz que ouviu e que gostou das musicas. Alice sorri. Abraça-o e beija-o. Despede-se e vai embora.

Semanas se passam. A rotina desgastante e as desoportunidades com banda faz com que ela se fragmente. Alice sem mais o que fazer desiste da carreira artística e poe-se a acordar sedo para entregar currículos no centro da cidade de São Paulo. Sua família precisava de sua ajuda no orçamento da casa. O trabalho com musica não bancava sequer o valor de sua condução. Alice não teve o que fazer, teve de ceder ao sistema. Voltou ao ciclo que um dia desejou e tentou sair.

Seu amigo jogador de futebol soube da mudança de rotina de Alice. Alice estava trabalhando numa loja de pasteis. Soube também que sua banda havia se fragmentado. Seu irmão quem havia lhe falado. Sentiu-se culpado.

Dezenove horas e vinte minutos. Começa o jogo. Alice frita pastéis. Os clientes da pastelaria assistem à partida de futebol na televisão. Passa-se vinte minutos e o jogo continua zero a zero. Alice finge ignorar a televisão. Jorge cruza pra Adelmo que joga pra Paulinho que chuta pro gol, na trave. Alice olha a TV com os cantos dos olhos. Rafinha toca pro Dentinho que dribla o goleiro e chuta e é gooollll... Alice se esperneia esperando que o jogador mostre a camiseta da banda. Mas seu desejo não se realiza.
Segundo tempo. Da a partida. Alice frita mais pastéis. Dentinho faz mais um gol. Alice fica cada vez mais entristecida. Faltando vinte minutos para acabar a partida Dentinho faz mais um gol e levanta sua camisa mostrando a camiseta com um nome. O nome da banda de Alice. Alice grita por toda a pastelaria que aquele nome é o nome de sua banda. Acaba o jogo. Os reportes vão abordar Dentinho. Questionam o nome na camiseta. Ele torna a mostrar a camiseta para a câmera e diz ser a banda de uma amiga.

A banda passa a receber convites para participar de programas de televisão. Alice abandona a pastelaria e retoma com sua banda. Passa a fazer turnês. Passa a ser reconhecida.


Fim

sexta-feira, 16 de maio de 2008

1º Ato

As poesias e as músicas do 1º Ato...

1º Ato

O Realejo Encantado


1) Valsa instrumental + um conto de iniciação da Inaiara.

2) Quem vai

Quem vai
Da a cara pra bater
Nessa escuridão onde a luz
E não quer se perceber
Salve a pureza, os corações puros,
Pureza triste, mas que ainda existe e resiste.

3) Acorda Alice (Poesia da Inaiara depois a musica)

Acorda Alice, a corda.
A corda de se equilibrar, a corda que você pula, acorda Alice.
Acorda que o brinquedo quebrou e a brincadeira agora machuca.
Acorda Alice. A corda com seus nós, nós de moças e marinheiros que devem ser desatados sobre seu consentimento, que a corda da vida não da jeito, começa nas tranças dos seus cabelos.

Acorda Alice, acorda, acorda Alice
Acorda Alice, acorda, acorda Alice
Acorda Alice, acorda
Acorda Alice, acorda

Alice se ali se visse
Alice aliciada e triste
Alice e suas meninices
Alice

Alice solta pipa e joga bola
Alice tem preguiça de ir à escola
Alice esconde-esconde pula-corda
Alice se machuca mais não chora

Acorda Alice...

Acorda ali se foi à corda Alice
Acorda ali se foi à corda Alice


4) Hai Kai ( Poesia da Inaiara depois a musica)

Não é a banda, mas passa, paralisa,
numa mutante serenidade.
Numa organização desorganizada
sabe-se lá por quem.
É a pro cessão.
Em nome do pai, calos nos pés.
Deus?
Deus também deve caminhar por lá.

Hai kai hai kai.
A lua mingua a língua nova...
Hai kai hai kai.
Troveja ali água o sertão...
Hai kai hai kai.
O sol em verso clareia a prosa...
Hai kai hai kai.
O verso agudo afina o lápis...
Hai kai hai kai.
Periga a vida sem navalha...
Hai kai eu não.



5) Pétala (Poesia da Inaiara depois a musica)

Para se saber ser mulher, basta sentir uma rosa
vermelha com seus espinhos a embrenhar-se pelo
estomago pelo coração e pelos rins e se não semear,
de mês em mês sangrar.
Para se saber a idade de uma mulher,
basta contar quantas pétalas de bem me quer
e mal me quer ela guarda no olhar.

Copo d água da chuva que colhi
Praquela flor que você tanto gostou
Meu amor dentro dela desabrochou
Calado, camuflado é o meu amor,
Vou te da-la.

Bem me quer, mal me quer...

Aquela pétala que você arrancou
Que carrega a sua favorita cor
Foi com ela parte do meu amor
Calado, camuflado é o meu amor.
Bem me quer, mal me quer...


6) Quanto é? (Inaiara brinca com o publico tirando a sorte, a morte)

Eu quero ver você privatizar o céu
Deitar palavras lhe parece fácil
Só falta comprar um ar que eu respiro
Eu quero quer você vá pra papapapapapapapara...

Realejooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
Tira minha sorte e foge
Este meu destino norte eu desconheçooooooooooooooooooo

O povo ta correndo feito bicho
Não tenho mais a onde por o lixo
A água ta mais cara que o pão
E o tempo muito menos que


7) Valsa instrumental + o termino do conto da Inaiara




EXPLICAÇÂO DO 1º ATO

Ianayara vem fazendo a contação (Oráculo das ilusões) em contraponto a valsa do lula, até que ela adormece e eu entro cantado quem vai e ela vai acordando quando começo tocar Alice, nisso ela recita Alice depois eu canto, entramos no Hai Kai dançando o coco junto de Inaiara, quando Inaiara começar a recitar a poesia procissão vamos parando de dançar e nos colocando em ordem para começarmos a cantar hai kai. Já na conversão para a pétala, Inaiara vai se preparando para apanhar uma flor que vai estar pendurada por linhas no teto, ela vai despetalando a flor junto à poesia. Na convenção para a musica do realejo (Quanto é?) Inaiara pega outra vez o realejo e começa a tirar a sorte do publico, isso recitando alguma coisa, usando a idéia de morte e sorte até que começamos a cantar. Depois à, a ultima convensão para a valsa, onde, a Inaiara termina com a contação final do primeiro ato.

Rascunhos

Vejam só que legal, encontrei um material no qual começamos a pensar sobre nosso roteiro... São comentarios e idéias. Ta í ...
Bjinss


Antes de tudo, a todos do grupo: Este roteiro é somente uma (outra) idéia (ou versão) da ordem e o “link” das musicas no espetáculo. Ainda teremos que nos reunir e discutir se há um acordo geral. Temos que pesquisar sobre todos os lugares que Alice passa (imagens: vídeos, fotos; dados históricos e folclóricos corretos de cada lugar). Fazer com que fique muito claro ao espectador essa viagem de Alice por partes do Brasil.
Pensamos em fazer o cenário (fundo) com um tecido branco e um “datashow” projetando imagens reais relacionadas aos lugares em que Alice passa e a própria identidade de Alice.
Precisamos de sugestões para a parte em que a Alice encontra a outra metade do papel (ou no retorno de Alice para chegar à metrópole) e para os arranjos de cada musica (alguém tem de se dedicar a isso: formação; mapa de palco etc.), por favor, ajudem! Inayara espere a nossa confirmação do roteiro para começar a escrever as poesias em cima da história beleuza?Obrigada a todos!

* * *


Roteiro:

Alice e o Realejo Encantado
-Músicas em sublinhado -Poesias em negrito


Abre a cena com Alice deitada e todos a chamando em sussurros.(iluminação:Luz Azul e foco branco na Alice)Alice
Alice(poesia)
Caipira
Alice é filha do “Caipira”, tem muito orgulho de seu pai.Depois (ou durante) essa música Alice encontra com o realejeiro e pega um papel que o passarinho, durante a entrega, rasga ao meio.(a sentença no papel diz sobre amor, mas na metade que falta, está o rumo que ela deveria tomar). Alice decide ir atrás do realejeiro - que viaja pelo Brasil.

Roda de JongueiroAlice inicia sua busca e, ainda no interior de sp, se depara com uma roda de jongueiros.

Lavadeira
Alice vai subindo (nordeste) e passa por uma lavadeira.Ela se encanta pela pureza e canta Lavadeira como se convidasse a lavadeira para espantar a maldade da onde (Alice) vem.

Hai KaiEm pleno sertão Alice se depara com poetas (maloqueiros)

{ver se possível}

Lodo
Passa por região com influência Árabe (a pesquisar)

Carta
No litoral nordestino ela escreve...

Poesia (a fazer).
Caminhando, Alice encontra um ser que diz a ela que o realejeiro passou por ali há alguns dias. Alice ansiosa segue seu caminho e avista um passarinho verde (muito parecido com o do realejeiro), mais à frente ela encontra a outra metade do seu destino rasgado.Agora ela podia saber em que direção seguir.Seguindo seu coração Alice acaba chegando na cidade grande, metrópole (muda o cenário para metrópole). Lá percebe a impureza, mas acaba se apaixonando perdidamente e mergulha na sedução das profundezas urbanas.

Seca
Tema para a percepção de Alice da impureza na cidade grande.

Poesia (Alice inconformada e triste com a impureza da cidade é acolhida por um ser que se apaixona).

Palavras
Sobre a paixão.

Pétala
Fase da paixão: dúvida se está sendo correspondida..

Por Quê
Alice é desprezada.

Deixa?
Alice em desespero!

Homenzinho
Alice pede para seu amor voltar...

Berimbau
Alice se sente egoísta e “desencana” das paixões percebendo que o mundo e as questões sociais estavam sendo deixadas de lado por ela, por todos...

E NO Final...

Quem Vai?

O que resta é o Amor...

A Corda Alice

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O AUTO DO REALEJO ENCANTADO

Gente, o nosso Auto pra consultas...

Mandou muiito bem hem Telonius!!!


O AUTO DO REALEJO ENCANTADO

I ATO
Praça com personagens da estória em atividades corriqueiras. Ao fundo, pelas janelas, O Avô desenha.

TEOTÔNIO toca seu realejo.
Seus olhos procuram uma pessoa cheia de sorte para ele tirar, mas sua mente divaga por memórias de um tempo muito mais feliz.
Teotônio fora um artista de circo, que vivia para alegrar as pessoas.
Um dia porém, as risadas deram lugar a gritos de socorro; o fogo veio, destruiu o circo e o pouco que o pobre palhaço possuía.
Amargurado, Teotônio decidiu então tomar de volta toda a alegria que havia dado aos outros, e para isso capturou uma ave encantada capaz de roubar a sorte dos outros e a aprisionou dentro de um realejo.
Desde então, ele vaga pelo mundo tirando a sorte de quem lhe der duas moedas em troca de um bilhete da fortuna.

Assim Teotônio viajou muito, até que um dia chegou a uma praça e viu uma menina muito especial. Pensando em roubar sua sorte, o realejeiro envia seu pássaro até ela. ALICE dormia na relva quando o PASSARIN a despertou e ambos foram ao realejeiro. Curiosa, Alice indaga a Teotônio sobre a origem daqueles bilhetinhos todos que o realejo carrega. O papo cria pernas e os dois passam muito tempo juntos conversando e brincando.
Chegada a manhã, Teotônio decide que é hora de tirar a sorte da mocinha mas o Passarin intervém e o bilhete se rasga, ficando uma metade com Alice e outra no bico da ave.
A voz do Avô desperta Alice, que se vê outra vez na grama da praça.

Entristecida, Alice volta para casa e se põe a pensar:
“terá sido um sonho?”

O bilhete da sorte rasgado em seu bolso dizia que não.

II ATO
Restaurante decadente de beira-de-estrada, vulgo taberna.

Teotônio vai mal, toda a sorte que ele havia roubado das pessoas se perdera no instante em que o bilhete de Alice se rompeu, além disso lhe acompanhava uma estranha saudade dela.
Ele acaba arranjando confusão com um SUJEITO MISTERIOSO e toma uma sova. Finalmente expulso do bar, todo destrambelhado e arrastando seu realejo, ele toma uma decisão:
“Vou encontrar Alice, nem que tenha que descer ao mundo dos mortos!”

No sertão árido, Alice está sentada em uma pedra, contemplando a encruzilhada à sua frente sem saber para onde ir.

O som de uma viola vem lhe acariciar os ouvidos, vindo não se sabe da onde. Encantada com aquele som que diminui a sua angústia, ela nem se dá conta do VIOLEIRO que vem se aproximando.
Eles começam a conversar e o Violeiro lhe conta muitas estórias; vendo que ele é um homem muito sabido, Alice pergunta que caminho deve tomar.
Ele só consente em, responder caso ela lhe dê algo em troca.
Alice se desculpa dizendo:
“A única coisa que tenho é esse bilhetinho da sorte, mas isso eu não posso te dar.”
O Violeiro, muito esperto, retruca:
“Não tem problema, como gostei de você vou fazer uma concessão. Te indico o caminho certo e você me dá só a sua alma, feito?”
“Feito”
Os dois adormecem e quando Alice acorda, nota que o violeiro se foi, mas deixou a viola como um presente para ela.

Alice caminha por vários dias, e vê muitas coisas até que chega a uma floresta enorme, onde encontra um rio que ela não consegue atravessar.
Uma mulher cavalgando uma canoa se aproxima. É a JANGADEIRA que explica que aquele rio se chama Aqueronte e que pode lhe dar carona se ela lhe der algo em troca.
Alice se desculpa dizendo:
“A única coisa que tenho são essas moedas e meu bilhetinho da sorte, mas isso eu não posso te dar.”

A Jangadeira aceita as moedas e as duas seguem rio abaixo, quando de repente a água do rio se torna vermelha e agitada, tingida pelo sangue dos animais que os homens assassinam nos matadouros.
Depois de muito lutar contra as correntezas, a jangada segue seu rumo.


III ATO
O mundo dos espíritos.

Alice está assustada e tristonha com as coisas que viu ao longo da viagem e na descida do rio Aqueronte, na companhia da misteriosa Jangadeira.
Entre as lágrimas que embaçam sua vista, Alice consegue distinguir a silhueta de uma mulher que lava roupa suja na margem do rio, pouco adiante.

Jangada e Jangadeira deixam Alice em terra e seguem seu caminho enquanto a menina vai à LAVADEIRA e pergunta a ela qual o destino final de sua jornada.
A sábia mulher retruca dizendo que só dirá se Alice lhe der algo em troca.

“A única coisa que tenho é esse bilhetinho da sorte e isso eu não posso te dar, mas posso cantar uma canção prá você.”

A Lavadeira aceita o trato e Alice se põe a cantar uma melodia.
Aos poucos a Lavadeira se deixa levar bela beleza daquela música e junta sua voz à da menina.
A canção ecoa pelas planícies e montes, trazendo conforto e tranqüilidade ao coração de Alice e de todos aqueles que podem ouví-la.
Até as nuvens do céu se aproximam para escutar melhor e contribuem com raios e trovões à cantoria.

Mais além, na margem oposta daquele mesmo rio, Teotônio se prostra exausto na areia e vê a forte tempestade que se anuncia no céu. Cansado demais para procurar abrigo, ele espera a chegada da chuva resignado quando percebe um ANJO que se aproxima dele trazendo consolo e palavras reconfortantes.
O dois adormecem e sonham na areia, protegidos da tempestade por uma brisa mágica que paira sobre eles aparando as gotas da chuva.

Ao acordar de um longo sono que pareceu durar séculos, Teotônio se vê ainda na areia, mas na outra margem do rio Aqueronte, e de lá consegue escutar a voz e o canto de Alice, que atrai todos os seres da floresta com sua melodia.

O Realejeiro segue aquele som e se depara com uma grande festa, onde todos comemoram a chegada da chuva que apagou o incêndio nas matas, limpou a água do rio e a alma dos homens.
Todos os habitantes da selva cantam e dançam, convidando Teotônio para se unir à celebração. Ele então tenta tocar seu realejo, mas o PASSARIN, triste por viver sempre preso, já não pode mais cantar.
Percebendo isso Teotônio escancara a gaiola e une sua voz à do pássaro, que agora entoa sua cantiga como nunca.

Depois de muito celebrarem com os seres da floresta, Teotônio, Alice e a Lavadeira assistem à alvorada de um novo dia.
De tanto contentamento por reencontrar Teotônio, Alice se esquecera de cobrar da Lavadeira sua promessa de contar aonde terminaria seu caminho, mas a velha sábia manteve sua palavra e abriu um largo sorriso dizendo:

“Não importa para onde você está indo, pois todos vão ao mesmo lugar. Um lugar aonde só as virtudes mais preciosas tem valor verdadeiro. O mais importante não é o destino, mas a maneira pela qual você percorre sua travessia.”

ESQUEMÃO

ATO I – A Balada

Invocação do Demônio - só prá agitar
Pintor introduz a estória
Primogênito – flashback do circo
(Quem Vai) Acorda Alice – Alice acorda... vai até Teotônio
Hai Kai – a noite juntos e a tirada da sorte
Pétala – Alice triste e pensativa
Realejo – apresentação da banda
Pintor comenta a estória

ATO II – A Ressaca

Juntei Palavras – vinheta prá agitar
Pintor resume e estória
Deixa Gostar – Teotônio no boteco, treta
Lamento – a promessa de Teotônio e a tristeza de Alice no sertão
Caipira – o pacto
Jangadeira na Estrada – Alice cruza o rio Aqueronte e vê a mata ardendo
Porquê – Alice e Teotônio se procuram e não se acham
Carta
Pintor comenta a estória

ATO III – A Libertação pelo Groove

Ruiguara – rios de sangue (?)
Pintor resume a estória
Lavadeira – chuva purificadora
Quadro – Teotônio sonha na areia com o anjo
Jongo – libertação do Passarin e o reencontro
Quem vai? – celebração e moral da estória (o que resta é o amor)
Pintor encerra a estória
Berimbau – aqui não é só festa... comprem o DVD!

Boi Pro Tião

Gente, como a idéia é misturar as gerações, vou mandar já partes da música que estamos fazendo pro Tião Carvalho cantar. Caso vcs tiver idéias p novas frases da música, botem no blog...
Vai ai uns comentários antes da música começar a ser feita!!!

Música: Um Boi para Tião Carvalho

Pensei numa alusão do sapo boi com a dança maranhense Boi, pensei agora que pode-se usar também a idéia do Boi da Cara-Preta. O contraponto com o sapo, da-se por conta da viagem que os meninos tiverem em Juréia (Ilha Comprida). Depois de tomar um acido, os meninos passaram por um brejo e piraram na complexidade sonora desses anfíbios cantores multiritmados. A idéia de se compor um Boi é para convidar o Compositor Tião Carvalho, que transita entre a nova geração de músicos. Como tenho o acompanhado em seu trabalho, tocando em algumas de suas apresentações, quero a honra de te-lo cantando uma de nossas músicas.

Boi – O Ritual se dá em seu renascimento, batismo e a morte.
O Sapo – Coaxando. É uma respiração barulhenta, rítmica musical.
Boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta.
Horóscopo Chinês – Boi
Sempre lembrando-se de valorizar a célula rítmica do boi. A Onça (cuíca) pode ser substituída pelo contra-baixo, como faz a Renata tocando na Barca.
O Brunão, deu a idéia da música começar em algo percussivo como o canto dos sapos, algo aleatório, depois de um tempo nesta viagem, entraria o ritmo do boi junto a uma letra que falando uma coisa consiga retratar essas quatro referencias.

TRECHO DA MÚSICA


Sapo-Boi no sereno desafinou
Vendo o boi lá na mata sentido dor

Olha o bicho estirado no chão
Foi o homem com a faca na mão
Sobre a fenda sede da terra, feito ralo bebeu o pião.














domingo, 4 de maio de 2008

Desenhos











Gente, to deixando os desenhos que temos.








sábado, 3 de maio de 2008

Histórias


Gente juntei a histórinha que havia começado com a da Alessandra para consulta na construção de nosso AUTO...




Oraculo das ilusoes


Num cortiço acinzentado, lá no centro da cidade de São Paulo, mora um velho de idade desconhecida. Chamam-no Seu Januario. Quem passa pela calçada e o vê na janela, de lápis e papel na mesa de óculos na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
“Que tristeza viver assim tão sozinho nessa cidade carbonizada...”
Mas engana-se. Seu Januario é o mais feliz dos vovôs, por que vive em companhia da mais encantadora neta – Alice, a menina que gosta de beijar cigarras. Alice tem dezesseis anos, está sempre de cabelos trançados, e já sabe fazer brigadeiro de panela.
Na casa ainda existe mais alguém. A Cuíca, a cachorra vira lata que a Alice encontrou na rua ainda filhote toda machucada e a cigarra Anna Nuvem. A cigarra, Alice encontrou num terreno baldio que estavam desapropriando para construir um estacionamento, Alice ficou com medo da cigarra se machucar e resolveu levá-la para seu apartamento. Alice então pegou a caixa de sapatos do avô, encheu-a de matinhos e deixou a caixa pertinho da janela onde o avô tem o habito de desenhar. Alice gosta muito dela, toda manhã acorda com a cigarra cantando.
Alem da cigarra e a Cuíca, o outro encanto da menina é a pracinha que fica a três quarteirões de seu apartamento. Lá aparecem pessoas de todos os jeitos, mas o que chama a atenção da menina é o Realejo.
Todas as tardes, Alice toma a Cuíca e a Cigarra e vai passear na pracinha, onde adora pisar em folhas secas. A menina da saltos como se quisesse alcançar o céu e o som das folhas se desfazendo deixava Alice maravilhada. No percurso, Alice sempre para enfrente aos postes e muros do quarteirão, sempre acha muito bonito as fadinhas que lá vê grudadas. A menina fica mordida de curiosidade de saber quem é que as desenha.
Uma vez, depois de passar horas pisando em folhas secas, Alice sentiu os olhos pesados de sono. Deitou na grama com a cigarra e a Cuíca e ficou seguindo as nuvens que passeavam pelo céu, formando ora castelos, ora prédios. E já ia dormindo embalada pelo som do realejo, quando sentiu puxar uma de suas tranças. Arregalou os olhos: um passarinho de rabo longa e verde tentando abrir voou com uma das tranças de Alice no bico.
A calda longa mais parecia uma fita de cetim, mas la no céu parecia uma rabiola de pipa . O passarinho tentava abrir voou como se a quisesse levar Alice a algum lugar.
A menina reteve o fôlego de medo de assustá-lo e devagarzinho foi se levantando seguindo o passarinho ao destino que ele tanto queria. A menina mais parecia que estava sendo puxada pela orelha, sendo castigada pela mãe depois de aprontar.
Depois de algumas voltas pela praça o passarinho larga da trança de Alice bem em frente do Realejeiro, que ao avistar o passarinho já vinha tagarelando.
- Ai esta você então não é seu fujão. Você vai começar a tirar a sorte das pessoas com esse realejo trancado a partir de agora.
- Menina, muito obrigada por me trazê-lo de volta.
- Meu nome é Alice.
- Belo nome Alice. Em gratidão vou tirar a sua sorte.
Dessa vez, trancado no realejo, o passarinho tiraria a sorte de Alice. A menina pois a pegar o bilhete, mas o passarinho preocupado em roubar a sorte da menina, rasga ao papel ao meio, um pedaço no bico do passarinho e outro pedaço na mão de Alice. Dessa maneira o Realejeiro não consegueria roubar a sorte da menina.
Não é a toa que o passarinho simpatizou-se com a menina. Alice é filha de um cata vento que de tristeza foi morar na lua. Cata Ventos são seres humanos que ficam flutuam a cinco metros do solo, eles não conseguem pisar em terra firme. A única maneira de fazer um Cata Vento descer ao solo é um sentimento puro e muito forte por outro ser humano comum. E foi o que aconteceu com o pai da menina, que se apaixonou por sua mãe e tiveram Alice, mas quando a menina nasceu sua mãe não agüentou o parto e morreu e de tristeza o Pega Vento foi morar na lua e não voltou nunca mais. De vez em quando pra se distrair ele arremeça estrelas pelo céu como se jogasse pedras no rio.
O passarinho pertencia a este Cata Vento que depois de abandonado foi capturada pelo Realejeiro para roubar a sorte das pessoas.
O Realejeiro, ex-malabarista, que depois que o circo pegou fogo e todos morreram, ficou de triste mal-encarado e vendo um lindo passarinho livre e solto resolveu prende-lo por invejar toda aquela liberdade e jogou uma maldição no qual o passarinho roubaria a sorte das pessoas, pois assim o Realejeiro achava que teria de volta todas as risadas e alegrias que provocou nas pessoas quando era malabarista.
Alice nunca soube de seus pais, seu avô nunca falou nada sobre eles. Isso fez com que a menina sonhasse e imaginasse historias surreais. Mas por mais que sua imaginação fosse assim tão fértil, Alice sempre foi uma menina muito especial, quando bebê, flutuava quando soluçava. Na escola sempre ficava em primeiro lugar nos campeonatos de salto ao alto, sempre deu saltos gigantes com a maior facilidade.
Bom, mas voltando ao que estava acontecendo na Praça com Alice e o Realejeiro, logo que o papel partiu-se ao meio, Seu Januario apareceu na esquina da Praça e poisse a chamar a menina. Alice mesmo com o papel rasgado se despediu rápido e correu até o avô.
Os papeis que o periquito tirava eram cartas de um oráculo, o oráculo das ilusões. A carta que a menina tirou era a carta curinga, a única carta que não lhe roubava a sorte. O Realejeiro percebendo que a sorte da menina não lhe foi tirada, passa então a perseguir a menina, que depois desse dia, passou a excursar com o avô por lugares que nunca havia conhecido.
A primeira viagem seguiram para o interior de São Paulo, lá se depararam com o caipira o Seu Botuca. Ficaram lá por uma semana, tempo o suficiente para conhecerem a historia dos caipiras.


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Histórinha da Ale!!!


Alice e Teotônio encontram a Lavadeira do rio

Na Amazônia encontram índios.

Mùsica: Ruiguara

Começa uma queimada na floresta, pois os homens vão fazer pasto.

Música: Lamento (“Cantei pra chover essa noite...”)

Não chove e todos fogem em direção ao sertão.
No caminho encontram as jangadeiras e eles pegam uma carona. Passam ao lado de um matadouro. Deparam com o rio todo ensangüentado, sangue que saíra dos boi, este que vive até sair todo o sangue de seu corpo. Andavam sobre as águas que iriam contaminar toda a população.
Quando chegam na beira mar, Teotônio sai com as jangadeiras e começam a demorar. Alice espera sentada na areia por muito tempo. Arma um grande temporal, a lua minguante que se punha no horizonte desaparecera entre as nuvens cinzentas.

Música: Rai Cai

Alice já estava cansada de esperar por Teotônio. Deita na areia, chega um menininho, que é um anjo, deita ao lado dela, abraça e suga toda a mágoa de seu peito. Isso lhe trás tranqüilidade e ela sente vontade de dormir. Ele diz para ela que tiveram uma sorte, que não vai chover neles. Começa a chover e havia um ser à uns 5 metros deles que ficava girando e tomando todas as gotículas. Formou-se como que um vidro em cima deles e um imenso arco-íris aos seus pés. Alice ficou maravilhada com aquele momento. Agradeceu aos Deuses e perguntou-Lhes por que estava presenciando aquele momento e caiu no sono.
Sonhou que estava jogando bola com um menino em um lugar que parecia um corredor de um prédio. A bola caiu na escada e eles foram pegá-la. A cada andar que desciam, era como se voltassem no tempo. Depararam com uma exposição de arte barroca, mais um pouco iriam dar de cara com uma múmia e Alice acordou. Ela entendeu a mensagem dos Deuses: conhecia Teotônio de muitas vidas atrás e onde quer que ele estivesse, voltariam a se ver.

Toda a sorte que Teotônio arrecadara, ele deu para Alice aquele momento mágico.

Música: Jangadeira na Estrada

Alice solta o passarinho que vivia preso no realejo.

Simbolicamente, ela sozinha na areia é que daqui não vamos levar nada. Tudo se transforma em grãos de areia!

ENCREMENTO:

Teotônio salvou um João de Barro que havia sido preso em sua casinha, pois este tinha traído sua Maria. Pintou suas penas e o prendeu no realejo. Só abria quando lhe pagavam 1 real para arrancar a sorte de alguém inocente.

Eles encontraram as jangadeiras, eram duas, e ficaram encantados com seus cantos. Teotônio seguiu caminho com uma delas e foi pro espaço. O passarinho que estava com o realejo cheio de dinheiro voltou para a sua Maria, enquanto a outra jangadeira voltou para o Mar.


OU:

Alice que fica com as notas do beija-flor.



E/OU:

O Mar, com saudades da jangadeira e sentindo que ela estava triste em ver aquele Brasil que um dia fora tão belo sendo destruído pelos seres humanos, foi atrás dela.
Uniu todas as forças da natureza, armou a maior tempestade já vista em toda a história e invadindo todo o território brasileiro mudou o eixo do planeta Terra.
Assim nascera um novo mundo!

E/OU:

Depois que Alice solta o passarinho, seu maior desejo é reencontrar sua amada Maria, mas não sabe mais onde ela está, apenas o beija-flor da primeira nota adquirida é quem sabe. Ele se descola da nota e já sai batendo rapidamente suas asas. Quando vê, estavam todos os beija-flores se deslocando das notas. Era um mais bonito que o outro, de várias cores! O beija-flor da primeira nota guiava o lindo rastro de beija-flores. Como o João de Barro era mais lento, acabava ficando bem pra trás. Isso fazia com que o líder fizesse manobras maravilhosas no ar para esperar o companheiro. Foi assim que aconteceu a primeira “Dança dos Beija-flores”!

Sinopses

Gente, abaixo vai os modelos de sinopses para o Primeiro Ato. Sintam-se a vontade para escrever mais um. A idéia é escrever um ainda melhor do que estes que estão escritos...


Exemplos de sinopses - 1º Ato

Sinopse: O espetáculo cênico musical O Encanta Realejo apresenta a historia do ex-malabarista e equilibrista Realejeiro Teotônio que devido a uma tragédia decide tirar a sorte das pessoas através de um periquito aprisionado. Ao conhecer a encantadora Alice se entrega a uma viagem por pensamentos, personagens, canções, poesias e lugares. Através de seu universo lúdico, para a liberdade do periquito e o cessar do roubo das sortes a menina tenta impedir Teotônio de dar continuidade a seu desengano. Encontra a desilusão dos caminhos e resgata o encantamento da vida. Alice carrega a leveza e o peso das paixões caminha por charadas e símbolos e, juntos buscam, cada um a sua maneira, a libertação e o entendimento da vida. Por Bianca

Sinopse: A menina Alice que carrega a leveza e o peso das paixões ,acredita na vida e em suas ilusões. Em um de seus caminhos conhece o realejeiro Teotônio, ex-malabarista de um circo que tragicamente pegou fogo e levou consigo os sonhos e a magia da vida do agora realejeiro, que por sua vez, amargurado e desiludido prende um periquito em seu sua maquina de roubar a sorte alheia. Mas Alice o leva para uma viagem a pensamentos, personagens, canções, poesia e lugares, que fazem o realejeiro despertar para um novo mundo, contaminado de musicas, cores e ilusões. Esta mágica história é contada através de um espetáculo que sensibiliza todos os sentidos, encantando os olhares e preenchendo os ouvidos. Por Emilia

Sinopse: O grupo conta através de um espetáculo cênico-musical a historia do realejeiro Teotônio, ex-malabarista e equilibrista que por resultado de uma tragédia decide tirar a sorte das pessoas através do periquito que ele aprisionou. O Realejeiro conhece a encantadora Alice que o leva para uma viagem a pensamentos, personagens, canções, poesia e lugares. O encontro da desilusão frente à vida e o encantamento produzido pela mesma. Em prol da liberdade do periquito e dos roubos das sortes, a menina passa a tentar impedi-lo através de um universo lúdico de dar continuidade a seu desengano. Alice carrega a leveza e o peso das paixões caminha por charadas e símbolos e ambos buscam cada qual de sua maneira e juntos a libertação e o entendimento da vida. Por Inayara


Obrigada, Emilião, Biancão e Inayarão!!!
Bjins

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Sobre Deleuze

Gente vai uma ajudaaa de um super amigo, o Marcelo, ele fez um breve resumo sobre algumas idéia de Deleuze encima da história que estamos desenvolvendo para o nosso futuro "Auto do Oraculo da Ilusão"...
Obrigada Marcelão...



Aline, li a história que você mandou. Pensando a partir das análises de Deleuze, em " Lógica do Sentido", daria pra começar brincando com o título: Alice e o Realejo ENCARNADO... Deleuze apresenta três imagens de filósofos: os das profundezas (pré-socráticos); os das alturas (platônicos) e os das superfícies (estóicos). Segundo Deleuze, o sábio estóico quer o acontecimento, a cada instante. Ele procura "encarná-lo" de tal maneira, que inaugura um estranho mecanismo de "identificação", não mais com suas próprias obras, mas com as singularidades impessoais que cruzam seu caminho existencial. O sábio estóico é filhos dos acontecimentos (pré-pessoais) que o levaram às suas obras.Quer dizer, há aí uma distinção entre acidente (o que acontece, impessoal) e acontecimento (algo naquilo que acontece que implica alguma relação pessoal, bastante peculiar). Esse querer o acontecimento, presente na postura filosófica dos estóicos, implica uma experimentação espaço-temporal "intensa e tensa" do instante que, segundo Deleuze, talvez tenha pararelo apenas no Zen (o arqueiro, que ao atirar a flecha, busca o alvo em si mesmo) e inaugura o gênero humorístico dentro da filosofia, em detrimento da ironia socrática e do sarcasmo platônico. É que, como você poderá conferir, Deleuze anuncia (no final do prefácio), que aquele livro é um ensaio sobre lógica e psicanálise. E o que está na fundação de todos os temas desenvolvidos ao longo dos capítulos (designados como "séries"), e que se " amarram" nos textos apresentados nos dois apêndices, é a doutrina filosófica dos Estóicos. Quanto à figura do palhaço e do equilibrista, sugiro que assista ao file de Chaplin "O Circo". Alí fica claro que o palhaço é o astro das superfícies, que por reconhecer-se como ser limitado dentro de sua humanidade (como diria Nietzsche: Humano, demasiado humano) é que se faz palhaço. O que ele é, de fato, é o grande DESequilibrista Da corda bamba Na vida, porém do outro lado do espelho... Bem, são algumas coisas que me ocorreram.Espero que você consiga se empenar em seu trabalho!Beijo.Marcelo

O Ensaio que não durou muito tempo

Gente vejam o videzinho do nosso breve ensaio, ficou engraçado...
Bjins

Sobre o Cenário


Vi as fotos do ensaio com mais calma e tive uma idéia. Acho que o nosso figurino poderia ser pintado como forma de cenário, no sentido que o nosso figurino complete esse cenário. Assim mostramos certa ambigüidade em nosso trabalho visual.Vejam essa foto do Yuri, ela explica bem o que estou tentando dizer.
Cada personagem poderia ter seu espaço no cenário, mas o desenho que irá compor nosso figurino, poderia ser feito com outros desenhos, pois assim daríamos mais ênfase na questão da ambigüidade. Vejam o gato por exemplo, é um gato que deixou a entender que o o Yurão tem um rabixó na cabeça. Ele ta parecendo o Aladim não é rsrsrs...
É isso aiii...
Bjinss
Aline