segunda-feira, 30 de junho de 2008

Reencantamento e Desencantamento do Mundo

"Acredito que somos seres espirituais e na poetização da vida como caminho do reencantamento do mundo. Acredito na construção da paz e na felicidade dos seres humanos. Acredito que a ação dos artistas no mundo pode contribuir para isso".

Hamilton Faria



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Este trabalho procura fazer uma avaliação daquilo que Prigogine chama de “reencantamento do mundo”, partindo do celebrado e eqüidistante conceito weberiano de “desencantamento do mundo”.

Desencantando o mundo
Desencantamento do mundo é aquele tipo de conceito que, de tão utilizado às expensas de seu sentido original, perde poder heurístico e mesmo a devida referência a seu criador. Pois o sintagma brota da seminal e inexaurível obra de Max Weber. Apesar de seu sentido metafórico, o conceito não apresenta a menor polissemia 9. De fato, para Weber desencantamento do mundo significava, ipsis literis, retirar o encanto, a magia desse mundo. Significava também perda de sentido, erradicação das visões de mundo e de qualquer sentido inerente às coisas em si 10. E seus significados extritos param por aí, não impedindo que Weber os utilize nos âmbitos de sua sociologia da religião e no seu - reconhecidamente pessimista – diagnóstico da modernidade. Nesses desdobramentos, o conceito admite tamanha profusão de ramificações que parece devolvê-lo à condição imprecisa, mas bela, da metáfora. No entanto, sabemos que Weber era dado a definições precisas e à unidade conceitual. Isso nos leva, de parti pri, a acatar o desencantamento do mundo como parte da estrutura conceitual utilizada por Weber e como referência a processos de ordem histórica, idiográfica e particular. Assim, fica vedado o uso generalizante, nomotético, da expressão. Vejamos esses pontos em maior detalhe.
Acima foram citados brevemente os dois aspectos que o sintagma weberiano abarca. Atendo-nos ao primeiro deles, adentramos a prolífica sociologia da religião desenvolvida por Weber 11. Sabemos que uma de suas grandes questões foi compreender como a religião foi historicamente tomando o lugar da magia como recurso à salvação espiritual 12. Assim, sua obra é permeada por monografias sobre as religiões na Índia e na China, o judaísmo israelita e o protestantismo europeu na tentativa de compreender a operacionalidade desse processo.
Weber vê na magia uma forma de espiritualidade amparada em ritualizações e voltada para a obtenção de bens terrenos. No máximo, pedia-se o auxílio de entidades metafísicas para uma colheita mais generosa, uma saúde mais forte, uma vida mais longa. Assim, o mundo mágico é, para Weber, um mundo de irracionalidades, um mundo onde não há distinção entre o natural e o cultural, entre o “ser” e o “dever ser”. Um verdadeiro “jardim encantado”, repleto de entidades com poderes que dão dinamismo à realidade e que exala misticismo em sua própria existência. É claro que, como todo tipo ideal weberiano, um mundo plenamente mágico não passa de construto com finalidades analíticas. Mas algo próximo do descrito acima ocorria nas culturas animistas e na Índia e na China antigos. Mesmo a Idade Média cristã era permeada por objetos sagrados, feitiços e variados sortilégios que apontam para uma real interação de condutas mágicas e irracionais em meio à expansão das doutrinas católicas.
Por outro lado, a história nos mostra a institucionalização das condutas religiosas em termos do surgimento de grandes religiões monoteístas. Tendo como base comum o judaísmo, as religiões modernas dominantes (judaísmo, cristianismo e islamismo) apresentam em sua origem as escrituras proféticas que atestavam reiteradamente a onipresença e onipotência divinas. Devia-se abandonar as idolatrias e o politeísmo em troca de uma garantia de vida posterior. O degringolar de tais pressupostos culmina então em um acesso racional à salvação, por meio do ajustamento das condutas de vida e conduzindo a uma ética religiosa. O surgimento dessa ética, e suas posteriores conseqüências, está no ápice do espectro de racionalização da religiosidade com a conseqüente desmagificação do mundo. E assim, incompletamente, chegamos a um dos sentidos weberianos do conceito. Desencantar é retirar o encanto, é desmagificar, é desmistificar. Em A ética protestante e o espírito do capitalismo, Weber aponta as especificidades dessa concepção nas condutas humanas e na forma específica dos predestinacionistas e puritanos de encarar a vida e o mundo. Desse meio emerge a ascese intramundana como forma de salvação e a desvalorização deste mundo imperfeito, pecaminoso na essência, do qual é melhor se imiscuir. Uma conduta que desvaloriza as emoções e a transcendência. Desencantamento, em suma.
De forma geral, esse processo caminha no sentido de dar racionalidade a um mundo antes irracional e mágico. O surgimento de uma ética religiosa dá sentido então ao que antes carecia de ordem, a saber, as formas de se obter a salvação espiritual por meio do trabalho e da ascese. No entanto, foi dito acima que o outro significado dado ao sintagma desencantamento do mundo é justamente a perda de sentido. De que forma, então, é possível que a expressão abrigue essas duas posições contraditórias?
Para Weber, o processo de desencantamento em seu âmbito religioso foi um pré-requisito para a institucionalização da ciência. Só em um mundo desmistificado foi possível o surgimento da “lógica própria do moderno conhecimento científico que, numa atitude experimentalista-instrumental, potencializada pelo emprego do cálculo matemático, reduz o mundo natural a mero ‘mecanismo casual’, desenbaraçando-o com isso daquele sentido metafísico objetivo de ‘Cosmos ordenado por Deus’” 13. E ainda, segundo o próprio Weber:

“A consideração empírica do mundo, e de resto aquela matematicamente orientada, desenvolve em termos de princípio a rejeição de toda forma de consideração que de modo geral pergunte por um ‘sentido’ do acontecer intramudano”. 14

Aqui podemos notar que, na concepção weberiana, a ciência desencanta o mundo ao retirar dele qualquer sentido imanente e ao relegar a natureza à constância determinista das leis gerais. Ao ocupar-se do ‘como’ e não dos ‘porquês’, ao contrário do ordenamento aristotélico do conhecimento, as ciências clássica e moderna concebem uma realidade desencantada, incapaz de cunhar qualquer “visão de mundo”. No belo trabalho A Ciência como vocação, Weber dá maior assertividade a essas reflexões:

“Isto significa: o desencantamento do mundo. Ninguém mais precisa lançar mão de meios mágicos para coagir os espíritos ou suplicar-lhes, feito o selvagem, para quem tais forças existiam. Ao contrário, meios técnicos e cálculo se encarregam disso. Isto, antes de mais nada, significa a intelectualização propriamente dita.”15

Adorno e Horkheimer 16 em sua Dialética do Esclarecimento vão a fundo nessa questão, desnudando conceitualmente o desencantamento operado pelo esclarecimento como recaída no mito pelo avesso. Para a Teoria Crítica, prevalece na compreensão weberiana do moderno uma concepção do processo de racionalização ocidental como desencantamento do mundo, processo entendido como desmitologização do mundo natural, como aquele trabalho sistemático a que se lança o pensamento científico positivista de acossar para sempre a ilusão mítico-arcaica de que existe um sentido cosmológico inerente ao mundo natural. Desencantamento como crítica do “mito que identifica o inanimado ao animado” 17, como “destituição” das potências” 18 imanentes à natureza. O primeiro parágrafo da Dialética diz com todas as letras: “O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber”. Assim se plasma a substituição dos mitos pela pretensão de calculabilidade universal desenvolvida pelo moderno conhecimento científico.
Retomando então o ponto que nos interessa, podemos vislumbrar a coerência do desencantamento do mundo como conceito em um processo já concluído e outro em andamento: desmagificação pela via religiosa e desnaturalização pela via científica 19. Para Weber esses processos são complementares e indissociáveis, sendo impossível relacionar o conceito a um caminhar genérico em direção “à racionalização”, e nesse ponto podemos frisar seu caráter histórico, idiográfico, já denotado alhures. Além disso, deve-se ter a noção de que Weber 20 assemelhava ciência a progresso da ciência, essas sim concepções ontologicamente inseparáveis. Para ele, o corpo de conhecimento só tendia a aumentar irrefreavelmente, descrição vertiginosa que ainda hoje nos acossa e que, junto à crescente burocratização das esferas políticas e sociais, constitui o núcleo de seu pessimismo quanto à modernidade. Pois é nessa reflexão que reside a pertinência de um aprofundamento sobre o que seria, de fato, reencantar esse mundo de matizes tão pouco encantadoras.

Reencantando o mundo
“Reencantamento do mundo” foi o nome dado por Prigogine à sua conclusão ao instigante livro A Nova Aliança 21. No entanto, devemos frisar que em nenhum momento a expressão é conceituada, e que nem mesmo uma ligação formal com o sintagma weberiano é apontada. A conexão entre as duas expressões pode ser entendida com uma das teses, senão a principal, deste trabalho.
Mesmo não sendo um conceito metodologicamente definido, podemos apontar algumas características inerentes à sua constitutividade. Em primeiro lugar, deve-se fazer o alerta de que as pretensões de Ilya Prigogine, com químico ganhador do Prêmio Nobel, não excedem o campo da ciência e da filosofia 22. Por isso, aquele primeiro sentido do desencantamento do mundo que remete à sociologia da religião e à institucionalização de doutrinas religiosas não encontra ressonância na expressão utilizada pelos autores. Não é objetivo deles utilizar o termo “reencantar” para denotar uma volta, impossível para Weber, às antigas formas de visão mágico-arcaicas do mundo. É no significado específico da falta de sentido introduzida pela ciência clássica e moderna que se pretende construir uma análise aprofundada, demarcando os pontos a partir dos quais uma renovação epistemológica da ciência torna-se possível.
Se não há um conceito de reencantamento do mundo, podemos perseguir seu sentindo empreendendo uma análise geral sobre A Nova Aliança. O objetivo geral da obra é lançar luz sobre as então recentes descobertas da física que se somavam ao advento da mecânica quântica e da termodinâmica, pondo termo às seculares noções deterministas e mecanicistas que permeavam a mentalidade científica. Além disso, Prigogine chama a atenção para o fato de que tais descobertas influenciam diretamente a forma como o homem vem observando a natureza, e as próprias condições de possibilidade da observação. O caráter constitutivo do observador entra em jogo, e neste ponto plasma-se a união epistemológica entre as ciências naturais e a filosofia, e no refluxo, o diálogo fértil entre as diversas forma de conhecimento.
Mas quais descobertas poderiam alterar de tal forma o estatuto da ciência a ponto de potencialmente subverter um ordenamento de saberes tão solidamente constituído? Prigogine não faz questão de manter sua argumentação no campo da física, mas a maior parte de A Nova Aliança trata de irreversibilidade termodinâmica e complexidade quântica. Sem adentrar nas escarpas da física quântica e energética, o que escapa às pretensões deste trabalho, despenderei um olhar mais demorando sobre a termodinâmica.
A física dos sistemas dinâmicos, originariamente criada por Newton, admitia, em seu equacionamento da realidade, a reversibilidade total do tempo. É irrelevante para a física newtoniana, e espantosamente até para Einstein, que um corpo ou partícula em movimento seja descrito em termos de sua relação com o tempo. Ou seja, passado e futuro foram misturados em um amálgama desimportante, em um espaço-tempo einsteiniano irredutível. No entanto, a termodinâmica, interessada em descrever fluxos de energia, veio mostrar que os fatos caminham em direção a um devir. Em suma, existe uma flecha do tempo que aponta para frente, animada pela entropia máxima dos sistemas em desorganização e mínima dos sistemas organizados. Não é irrelevante que, ao acendermos uma vela, ela se esgote e que a morte se dê inexoravelmente após a vida. Parece ter sido esse o desconforto de Diderot em relação à física newtoniana. A irreversibilidade foi uma novidade interpretada pela ciência moderna e percebeu-se seu papel constitutivo na natureza, já que permitia os processos de organização espontânea como a vida.23
Fazendo coro a estas descobertas, a mecânica quântica veio demonstrar que a unidade constitutiva da matéria perdeu-se alhures entre a dualidade onda-partícula e o princípio da incerteza heisenberguiano. Um observador, quando tenta voltar seus instrumentos físicos para uma partícula subatômica, não passa mais desapercebido. Ao acurar seu instrumento, o observador acaba interagindo com o sistema observado, alterando seu devir. Ou se mede a localização ou a velocidade de uma partícula, limite físico que até hoje permanece intransponível.
Mas quais as conseqüências de tais alegorias de fenômenos físicos, que trazem beleza à aridez da teoria? Pois são avassaladoras. Os pontos descritos acima já são aceitos há muito pelo mainstream científico internacional. Simplesmente, declaram que o diálogo experimental que vinha sendo realizado nos últimos três séculos, e que caracteriza o próprio procedimento científico como possibilidade de acesso à realidade empírica, poderia estar equivocado por não levar em conta a natureza do observador.
De outro lado, o reconhecimento da irreversibilidade exorcisa muitas das concepções “desencantadoras” aventadas pela ciência e descortina a natureza complexa da realidade em conjunção com um devir quase sempre indeterminável. Da natureza sem sentido ontológico medra um sentido renovado, que é o da interação com a realidade não estática, que não cabe mais no plano cartesiano. Prigogine é incisivo quanto a esse ponto.

“Ciência e ‘desencantamento do mundo’ não são sinônimos. Nesse sentido, podemos reinterpretar os sucessos da ciência clássica, mostrar como ele reforçaram e confirmaram as particularidades culturais dessa ciência desde seus princípios até parecer impô-los como tantas outras exigências de uma racionalidade universal.” 24

Deve-se admitir a ciência agora em seu contexto cultural e social, e que as pretensões de universalidade não são imanentes à natureza, mas à ciência que a interpela. A ciência moderna constitui-se como produto de uma cultura, mais especificamente, das concepções dominantes da cultura ocidental. Reencantar o mundo pode ser compreendido como possibilitar que outras culturas, tradições e ciências tenham as condições de contribuir para a construção de um sentido mais humano para este mundo. A “metamorfose das ciências” modernas não é ruptura. Ao contrário, ela nos evoca a compreender a significação e inteligência dos saberes e de práticas antigas que a ciência moderna, orientada pelo modelo de uma fabricação técnica automatizada, havia acreditado poder negligenciar:
A possível dinâmica científica apresentada por Prigogine, cientista, e alardeada com notável antecedência por uma profusão de grandes filósofos 25, pode ser encarada como uma revolução científica kuhniana. Há uma crise nas práticas empíricas, intensa comunicação entre os pesquisadores e a emergência, ainda em processo, de um novo paradigma científico 26. No entanto, deve-se frisar que o escopo das considerações aqui feitas excede a mera proposição de um novo modo de conduta científica. Trata-se mais de uma nova visão da natureza e da atividade científica. Com o próprio Kuhn 27 já fez notar, após uma evolução paradigmática o cientista não trabalha mais no mesmo mundo. É esta a sensação que permeia A Nova Aliança, e é neste sentido que se pode compreender o reencantamento do mundo.
Mutatis mutandis, proponho agora, aproveitando o aprofundamento aqui realizado, dar conectividade a toda a discussão já empreendida de forma a nela incluir a recente Biologia do Conhecer. Do ponto de vista aqui empregado, esta teoria faz parte do escopo de reflexões de ordem científica que permitem uma revisão geral com pendor “reencantador”, contestando a universalidade dos predicados racionalistas e admitindo que “a natureza não foi feita para nós, e nem foi entregue à nossa vontade.”


http://209.85.141.104/search?q=cache:j1gQ4B-msXcJ:www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro3/arquivos/TA192-06032006-102834.DOC+%22da+ANPPAS%22+%22Reencantamento+*+Mundo+Elementos%22&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br

Sobre "Não Lugar"

"O Deserto é terreno fértil para desafiar a uma nova vida "


Crise é também é deserto. Tudo parece seco e árido. As tempestades de areia – a corrupção política e as dívidas sociais – apagam as pegadas dos pés. Temos que reconstruir veredas novas num terreno incógnito e hostil. O deserto estende a perder de vista e parece não haver um ponto verde de esperança. Será? Também neste caso, o deserto é fértil em riscos e em potencialidades. Do lado dos riscos, a grande mídia insiste em levantar os ventos da tempestade e jogar arei em nossos olhos. Ficamos sem saber ao certo o que é verdade é o que é “intriga da oposição”. Em meio a este vendaval, como discernir?
É aqui que entra o lado das potencialidades. A melhor forma de não errar o caminho é colar os ouvidos nos clamores popular, nas necessidades mais urgentes dos excluídos. Se soubermos permanecer fiéis a esses gritos, nada nem ninguém poderá nos desviar do horizonte, nos cooptar ou nos manipular. Isso ressalta a necessidade de voltar ao trabalho de base, às atividades de “formiguinha”, à criação e/ou fortalecimento de pequenos núcleos de reflexão e ação, desde que esse trabalho local esteja conectado e articulado com as redes nacionais e globais de mobilização.
A Assembléia Popular Mutirão por um Novo Brasil, realizada na capital federal, em outubro de 2005, já nos alertava para a necessidade de avançar da democracia representativa para a democracia direta e participativa. O desafio é abrir novos canais, novos instrumentos e novos mecanismos de controle e fiscalização do poder político e do orçamento da União.
O não lugar é terreno fértil para sonhar com um novo lugar
Tomo emprestado de Boaventura Santos[15] o conceito de “fronteira”, adaptando-o livremente à nossa reflexão, como outro campo de riscos e potencialidades. O excluído é aquele que habita o espaço indefinido da fronteira. O termo “fronteira”, neste caso, é entendido não tanto em termos geográficos, mas em termos simbólicos, culturais e até psíquicos. Uma espécie de não lugar, onde mora um não cidadão, marcado pela carência daquilo que é básico à dignidade humana. Por isso mesmo, vê sua identidade ameaçada, questionada, fragmentada. No extremo, até a esperança e a fé se vêem abaladas. Bastaria ter presente, aqui, os rostos dos sem terra, dos desempregados, dos moradores de rua, dos povos indígenas, dos negros e remanescentes de quilombos, dos jovens aliciados pela tráfico e pelas drogas, das mulheres prostituídas ou vítimas da violência dentro de suas próprias famílias, das crianças abandonadas, dos trabalhadores escravos, das vítimas do tráfico de seres humanos, dos migrantes e imigrantes, entre tantos outros.
A partir desse não lugar, o excluído é levado a interrogar a Deus e a interrogar o próprio destino. Dúvida, medo e insegurança passam a habitar o coração e a alma. O perigo da fome, da solidão e do desespero ronda a porta. De acordo com Boaventura Santos, é aí que o pobre vai lançar mão, simultaneamente, de sua herança cultural e da invenção de novas formas de sociabilidade. Esse espaço ambíguo da fronteira – esse não lugar – é ao mesmo tempo cheio de riscos e de novas potencialidades. Uns e outras se misturam, se confundem e se alternam. Se, por um lado, a fronteira revela o excluído como vítima da ordem mundial vigente, por outro, também o revela como protagonista de um novo tempo. A experiência de passar pela fronteira abre perspectivas para buscar uma nova cidadania. Ou seja, o não lugar torna-se o melhor lugar para refletir sobre um novo lugar.
Potencialmente, o terreno ambíguo da fronteira torna-se o lugar ideal e privilegiado para criar as raízes de uma nova sociedade que, em termos mais amplos, é também uma nova noção de pátria, um terreno fértil para cultivar o conceito de cidadania universal e sem fronteiras. A partir da experiência dolorosa de estar fora dos muros que dão proteção aos “incluídos”, engendra-se o anseio por uma casa aberta a todos e a todas, indistintamente. Numa palavra, a multidão de excluídos hoje habita a fronteira de dois mundos ou duas civilizações: de um lado, uma ordem mundial simultaneamente concentradora e excludente, de outro, o sonho de um outro mundo possível. O próprio fato de ser “excluído” é, ao mesmo tempo, denúncia e anúncio, num tempo marcado por profundas assimetrias sócio-econômicas. Denúncia da falta de condições reais para sobreviver em seu próprio meio e anúncio de que mudanças substanciais se fazem necessárias e urgentes.
Os pobres, ao experimentarem no corpo e na alma profundas carências, são portadores dessa nova utopia mundial. Tornam-se, a um só tempo, sinais das contradições da globalização neoliberal e porta-vozes de uma nova ordem mundial. O solo escorregadio da fronteira gera uma atitude ambígua marcada pela experiência de se encontrar fora de casa e da pátria. Nesse não lugar, o não cidadão se depara frente a uma encruzilhada: o que fazer? Entregar-se ao desespero, apelar para a caridade dos vizinhos ou lutar para abrir novos caminhos?
O não lugar, embora indefinido e cheio de riscos, torna-se então fecundo de potencialidades, com vistas a uma nova reflexão sobre a própria existência, sobre a fé em Deus e sobre a prática solidária para com os irmãos e irmãs. Convém não esquecer, aliás, que o próprio Jesus nasceu e morreu fora dos muros da cidade, respectivamente numa gruta e no calvário das execuções. De um lado, diz o relato evangélico, Maria “deu à luz o seu filho primogênito e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pousada” (Lc 2,5-7). De outro, ao ser crucificado, o levam para “fora das portas da cidade (Hbr 13,11-12). A família de Nazaré passou, diversas vezes, pela experiência da migração e da exclusão social. Na trajetória que vai do berço-manjedoura à cruz, e desta à ressurreição, a mensagem da Boa Nova do Evangelho mergulha suas raízes no terreno simultaneamente movediço e fértil do não lugar. Numa palavra, até mesmo do ponto de vista teológico, a fronteira é um lugar fecundo para deitar os alicerces do Reino de Deus.

Conclusão

Utilizamos mais uma vez as palavras de Lefebvre para colocar um ponto final em nossa reflexão: “As questões mistas, os acontecimentos marginais, os fatos em contradição aparente ou real, os conceitos laterais, são os mais reveladores e os mais fecundos. As tensões são fecundas, estéreis são as sujeições”[16]. De fato, uma sociedade fechada, cristalizada, petrificada torna-se impermeável à transformação social. A mudança somente será fértil quando se insinua através das brechas e das fissuras das estruturas de auto-suficiência humana, sejam sócio-econômicas, sejam humanas. A situação e o grito dos excluídos, por si só, expõem as incongruências e as tensões de uma determinada ordem social, ao mesmo tempo que cobra transformações profundas. O terreno da exclusão social constitui um campo minado, em que as correntes subterrâneas pressionam por explodir e vir à superfície. Na encruzilhada entre os riscos e as potencialidades da práxis humana, forjam-se caminhos novos em direção a um outro mundo possível.
http://www.espacoacademico.com.br/059/59goncalves.htm

Aprendizagem da Interdependência

Enquanto vai surgindo a percepção de que os esforços isolados já não são compensadores, aprende-se a dar os primeiros passos em conjunto, levando em conta as exigências e os benefícios com relação às parcerias tanto internas quanto externas. Esta é a aprendizagem da interdependência que produzirá a “mágica” da agregação de um valor que faz com que o resultado seja maior do que o conseguido com o trabalho independente. Este valor agregado acontece pela complementaridade de competências e encorajamento mútuo relativo ao desafio comum, aumentando a produção de cada um, e culminando com um conseqüente aumento global. O que se consegue assim é algo que pertence a todos e não pode ser obtido operando separadamente e muito menos ainda por qualquer parceiro isoladamente. Quando se obtêm os primeiros benefícios da interdependência, começa-se a valorizar de forma equilibrada a semelhança e a diversidade complementar. Com o aumento da interdependência, surge uma união tão íntima que em um dado instante, mesmo percebendo benefícios desiguais, perde-se a consciência de para quem se está produzindo. Ocorre neste ponto uma verdadeira simbiose. Com a simbiose, cada elemento trabalha, cria e realiza num elevado grau de sinergia, não importando se para si próprio ou para o conjunto dos colaboradores associados, pois existe um relacionamento interdependente.
http://reflexos2006.blogspot.com/2005/12/aprendizagem-da-interdependncia.html

S.S. o Dalai Lama
Considero particularmente útil o conceito de origem dependente formulado pela escola de filosofia buddhista Madhyamika. De acordo com esse conceito, podemos compreender como as coisas ocorrem de três maneiras diferentes. Num primeiro nível, recorre-se ao princípio de causa e efeito, pelo qual todas as coisas e acontecimentos surgem dependendo de uma complexa rede de causas e condições relacionadas entre si. Sendo assim, nada nem nenhum acontecimento pode vir a existir ou permanecer existindo por si só. Por exemplo, se eu pegar um punhado de barro e moldá-lo, posso fazer um vaso vir a existir. O vaso existe como resultado de meus atos. Ao mesmo tempo, é também o resultado de uma miríade de outras causas e condições. Estas abrangem a combinação de barro e água que forma a matéria-prima do vaso. Em acréscimo, há o agrupamento das moléculas, dos átomos e outras diminutas partículas que formam esses componentes. Em seguida, é preciso levar em conta as circunstâncias que levavam à minha decisão de fazer um vaso. E existem ainda as condições que cooperam ou interferem nas minhas ações à medida que dou forma ao barro. Todos esses diferentes fatores deixam claro que meu vaso não pode vir a existir independentemente de suas causas e condições. Ou seja, ele tem uma origem dependente, sua criação está subordinada a essas causas e condições.Num segundo nível, a interdependência pode ser compreendida em termos da mútua dependência que existe entre as partes e o todo. Sem as partes, não pode haver o todo e, sem o todo, o conceito de parte não tem sentido. A idéia de todo implica partes, mas cada uma dessas partes precisa ser considerada como um todo composto de suas próprias partes.No terceiro nível, pode-se dizer que todos os fenômenos têm uma origem dependente porque, quando os analisamos, verificamos que, em essência, eles não possuem uma identidade. Isto pode ser compreendido melhor se pensarmos na maneira como nos referimos a certos fenômenos. Por exemplo, as palavras "ação" e "agente": uma pressupõe a existência da outra. Assim como "pai" e "filho". A pessoa só pode ser um pai se tiver filhos. E um filho ou uma filha são assim chamados apenas como referência ao fato de terem pais. A mesma relação de mútua dependência é vista na linguagem que utilizamos para definir ramos de atividade ou profissões. Determinados indivíduos são chamados de fazendeiros em função de seu trabalho no campo. Os médicos são assim chamados por causa de seu trabalho na área de medicina.De maneira mais sutil, as coisas e acontecimentos podem ser compreendidos em termos de origem dependente quando, por exemplo perguntamos: o que é exatamente um vaso de barro? Quando procuramos algo que possa ser definido como sua identidade final, verificamos que a própria existência do vaso de barro — e, implicitamente, a de todos os outros fenômenos — é, até certo ponto, provisória e determinada pelas convenções. Quando indagamos se sua identidade é determinada por sua forma, sua função, suas partes específicas (ou seja, ser composto de barro, água, etc.), constatamos que a palavra "vaso" não passa de uma designação verbal. Não há uma única característica que se possa dizer que o identifica. Muito menos a totalidade de suas características. Podemos imaginar vasos de formas diferentes que não deixam de ser vasos. E porque só podemos realmente falar de sua existência em relação a uma rede complexa de causas e condições, se o encararmos segundo esta perspectiva, o vaso não tem de fato nenhuma propriedade que o defina. Em outras palavras, não existe em si ou por si, mas é antes de tudo originariamente dependente.No que se refere aos fenômenos mentais, verificamos que mais uma vez existe uma dependência. Neste caso, entre aquele que percebe e aquilo que é percebido. Tomemos como exemplo a percepção de uma flor. Em primeiro lugar, para que se possa perceber uma flor é preciso haver um órgão sensível. Segundo, precisa haver uma condição — neste caso, a própria flor. Em terceiro, para que ocorra a percepção é preciso haver algo que direcione a atenção daquele que percebe para o objeto. Então, através da interação causal dessas condições, ocorre um acontecimento cognitivo a que chamamos de percepção de uma flor. Agora vamos examinar em que consiste exatamente esse acontecimento. Seria apenas o funcionamento da faculdade sensorial? Seria apenas a interação entre essa faculdade sensorial e a própria flor? Ou seria outra coisa? Vemos que, no final, não conseguimos compreender o conceito de percepção a não ser dentro do contexto de uma intricada e imprecisa série de causas e condições.Uma outra maneira de compreender o conceito de origem dependente é considerar o fenômeno do tempo. Em geral, presumimos que há uma entidade com existência independente a que chamamos de tempo. Falamos de tempo passado, presente e futuro. Entretanto, quando examinamos melhor o assunto, vemos que esse conceito também é uma convenção. Verificamos que a expressão "momento presente" é apenas um rótulo que indica a interface entre os tempos "passado" e "futuro". Não podemos na realidade localizar com precisão o presente. O passado está apenas uma fração de segundo antes do suposto momento presente; apenas uma fração de segundo depois está o futuro. No entanto, se dissermos que o momento presente é "agora", assim que acabarmos de pronunciar esta palavra ele já estará no passado. Se sustentássemos que, mesmo assim, deve haver um único momento indivisível pelo passado ou pelo futuro, não haveria nenhuma razão pra separarmos presente, passado e futuro. Se houvesse um único momento indivisível, só teríamos o presente. Sem o conceito de presente, porém, fica difícil falar de passado e futuro já que ambos sem dúvida dependem do presente. Além do mais, se nossa análise nos fizesse concluir que então o presente não existe, teríamos de negar não só uma convenção mundial, como também a nossa própria existência. De fato, quando começamos a analisar nossa experiência com relação ao tempo, vemos que o passado desaparece e o futuro ainda está para chegar. Experimentamos apenas o presente. E o presente só toma forma como dependente do passado e do futuro.
(Dalai Lama. Uma Ética para o Novo Milênio. Traduzido por Maria Luiza Newlands.Rio de Janeiro: Sextante, 2000. Pág. 47-51.
http://www.dharmanet.com.br/prajna/interdependencia.htm

Desenho da Emilia


Olha o passarim que Emilia fezzzz...

Bjinsssss

Desenhos da Carolzinha



Gente a Carolzinha fez um desenhos que amei, eles serão usados pra fazer a animaçãozinha com a história do Auto...

Valeu Carolzinhaaaa

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Sobre Memória

Memória,
Esquecimento,
Silencio

Michael Pollak
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Em sua análise da memória coletiva, Maurice Halbwachs enfatiza a força dos diferentes
pontos de referência que estruturam nossa memória e que a inserem na memória da coletividade a que pertencemos. 1 Entre eles incluem-se evidentemente os monumentos, esses lugares da
memória analisados por Pierre Nora, 2 o patrimônio arquitetônico e seu estilo, que nos
acompanham por toda a nossa vida, as paisagens, as datas e personagens históricas de cuja
importância somos incessantemente relembrados, as tradições e costumes, certas regras de
interação, o folclore e a música, e, por que não, as tradições culinárias. Na tradição metodológica
durkheimiana, que consiste em tratar fatos sociais como coisas, torna-se possível tomar esses
diferentes pontos de referência como indicadores empíricos da memória coletiva de um
determinado grupo, uma memória estruturada com suas hierarquias e classificações, uma
memória também que, ao definir o que é comum a um grupo e o que, o diferencia dos outros,
fundamenta e reforça os sentimentos de pertencimento e as fronteiras sócio-culturais.
Na abordagem durkheimiana, a ênfase é dada à força quase institucional. dessa memória
coletiva, à duração, à continuidade e à estabilidade. Assim também Halbwachs, longe de ver
nessa memória coletiva uma imposição, uma forma específica de dominação ou violência
simbólica, 3 acentua as funções positivas desempenhadas pela memória comum, a saber, de
reforçar a coesão social, não pela coerção, mas pela adesão afetiva ao grupo, donde o termo que
utiliza, de "comunidade afetiva". Na tradição européia do século XIX, em Halbwachs, inclusive,
a nação é a forma mais acabada de um grupo, e a memória nacional, a forma mais completa de
uma memória coletiva.
Em vários momentos, Maurice Halbwachs insinua não apenas a seletividade de toda memória,
mas também um processo de "negociação" para conciliar memória coletiva e memórias
individuais: "Para que nossa memória se beneficie da dos outros, não basta que eles nos tragam
seus testemunhos: é preciso também que ela não tenha deixado de concordar com suas memórias

Esta tradução é de Dora Rocha Flaksman.
*
Michael Pollak é pesquisador do Centre National de Recherches Scientifiques - CNRS, ligado ao Institut d'Histoire du Temps Present e ao Groupe de Sociologie Politique et Morale. Estuda as relações entre política e ciências sociais e desenvolve atualmente uma pesquisa sobre os sobreviventes dos campos de concentração e sobre a Aids.

Industria Cultural

Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.
A principal forma cultural construída por estas indústrias é a televisão que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade. Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.
No Brasil, a indústria cultural não é homogênea, pois foca temas, assuntos e culturas estrangeiras no lugar de ensinar e incentivar o interesse sobre a história e as tradições do próprio país. Infelizmente, a triste realidade brasileira é que são focados apenas objetos de compra e venda e não a propriamente cultura no qual esta se propunha. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativo, o que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de crítica rebaixada e de mente narcotizada.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Revista Veja

O texto abaixo demonstra o temor que os esbirros da classe dominante têm com o mínimo de consciência atingindo as massas.

Da revista Veja: Cuidem de suas crianças. Os molestadores ideológicos vêm aí José Alencar, presidente interino da República, sancionou ontem a lei que torna filosofia e sociologia disciplinas obrigatórias no ensino médio. O texto foi aprovado em maio pelo Senado. Em 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso vetou um projeto de lei de igual conteúdo sob o argumento que criava ônus para os Estados. "O que se vê é que, evidentemente, nos períodos em que não interessava a discussão crítica sobre a vida nacional, estas disciplinas foram desestimuladas" , afirmou ontem o ministro da Educação, Fernando Haddad, que será, aposto, o candidato do PT à Presidência em 2010.Leitores me enviaram comentários ontem indagando o que acho da medida. Uma porcaria! E por várias razões combinadas. Os estados terão um ano para se adaptar às novas regras. Muito bem! A primeira pergunta é esta: cadê os professores? Exames internacionais de matemática e entendimento de texto demonstram que o ensino brasileiro é uma tragédia. Filosofia e sociologia vão ajudar em quê? Em nada.Mas isso ainda não é o mais preocupante. A fala de Haddad, capaz de escrever monstruosidades em seus livros, já dá a pista do que vem por aí. Ao lado da eterna reclamação dos professores de que faltam condições de trabalho nas escolas, o que, no geral, é mentira, o tal "educação crítica", de que fala o ministro, responde por boa parte da miséria do país nessa área. Se o ensino de matemática -- e das ciências -- é uma lástima, o das disciplinas abrigadas na rubrica "Humanidades" costuma ser uma insanidade, o que é comprovado por um exame simples dos livros didáticos de história e geografia, por exemplo: perdem-se no mais estúpido proselitismo, pautados por um submarxismo ignorante e bolorento. Já demonstrei aqui de que monstruosidades é capaz um professor de história de um cursinho, mesmo tendo de seguir uma apostila.A obrigatoriedade da disciplina fará com que livros didáticos com a chancela do MEC sejam produzidos e distribuídos. Vão se abrir as portas do horror. A grade das escolas terá de ser ajustada, e as demais disciplinas, hoje já mal e porcamente ensinadas, é que vão pagar o pato. Escolas particulares de primeiro time darão um jeito de ampliar a carga -- e, se preciso, elevarão o preço das mensalidades. Mas como ampliar o período de quatro horas de aula dos estudantes do ensino noturno?O Brasil acha que ensinar a fazer conta é coisa muito complicada; não é mesmo para nós. O nosso negócio, como é mesmo?, é ensinar a pensar, entenderam? A "refletir criticamente sobre a nossa realidade", para que se formem, então, "cidadãos conscientes" . Puro lixo retórico e ideológico. Para seguir a lei, professores de outras disciplinas terão de ser improvisados nas aulas de filosofia e sociologia. Mal posso esperar pelo material didático. O "filósofo" vai ministrar história do pensamento? Duvido! As aulas se perderão em grandes debates -- de preferência, em círculo -- sobre os dilemas "éticos" de nossa realidade. Os alunos continuarão com alguma dificuldade para dizer quanto é sete vezes nove, mas serão estimulados a fazer sempre "colocações" muito inteligentes.Estamos fritos! Cuidem de suas crianças. Vai começar o período do molestamento ideológico explícito.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

http://www.sampaonline.com.br/cultura/shows.php

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/05/420735.shtml

http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=24180

11 de Junho de 2008 - 11:40


Centro Cultural da Juventude discute a diversidade sexual
No mês de junho o Centro Cultural da Juventude (CCJ)oferece uma programação especial sobre o mês da diversidade sexual e do dia dos namorados. O Centro aproveita as datas para inserir debates e palestras sobre sexualidade e promove um concurso para eleger a drag queen mais glamurosa.
O mês de junho é considerado o mês da diversidade sexual e também é neste período que o Brasil comemora o dia dos namorados. O Centro Cultural da Juventude (CCJ) aproveita as datas para inserir debates e palestras sobre sexualidade e promove um concurso para eleger a drag queen mais glamurosa.
O dia dos namorados é lembrado de maneira divertida na mostra de cinema de junho. A programação segue com as oficinas, shows e teatro, tudo gratuito. No mês dos namorados, o CCJ promove a mostra “Eu Odeio o Mês dos Namorados”, todas as quartas e quintas-feiras, às 20h, para aqueles que não encontraram sua cara metade ou que acreditam que nem tudo são flores quando o assunto é amor.
Traição, obsessão, jogos, chantagem e ciúmes também fazem parte deste sentimento tão valorizado por todos. O Projeto Diálogos promove encontros mensais com personalidades dispostas a compartilhar suas experiências com público jovem. Em junho, mês da diversidade sexual, a convidada é a artista, escritora, colunista e militante do movimento GLBTT Cláudia Wonder, um dos grandes ícones transexuais paulistanos. Dia 21, às 18h. Já no Projeto Café Cultural o convidado do mês, no dia 22, às 16h, é o pesquisador Luiz Ramires Neto, graduado em Filosofia e mestre em Educação pela USP, que irá abordar o tema Ser ou Não Ser: jovens frente aos dilemas da diversidade sexual. MúsicaDona de um visual chamativo, performance escandalosa e seu vozeirão característico, a cantora mineira Maria Alcina é uma das divas do pós-tropicalismo e ícone gay. Em 2003 lançou o CD Agora, com a banda eletrônica Bojo. Em 2004, apresentou-se para 1,5 milhão de pessoas na Praça da República, encerrando a Parada GLBT. Ela se apresenta no CCJ no dia 28, às 18h30.

Dia 15, às 15h, o Encanta Realejo, espetáculo cênico-musical, inicia seu projeto com o apoio do Programa para Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) com uma apresentação mensal no CCJ. O grupo pretende registrar, por meio de documentários, a historia de bandas e artistas que atuam na cena paulistana. Em junho os convidados são Léo de Abreu e Mestre Brasília. Brasília é capoeirista, compositor de diversas músicas entre capoeira, samba, puxada de rede e outros ritmos brasileiros. Léo de Abreu é cantor, compositor e letrista. Tem um repertório que varia entre o regional, a mpb intimista e o rock brasileiro.

Anderson Quevedo Quarteto se apresenta dia 6, às 19h30, no projeto Sextas Sonoras. Formado por Anderson Quevedo no saxofone, Mauricio Fernandes no piano, Daniel Amorim no baixo elétrico e acústico e Mauricio Caetano na bateria, o grupo apresenta músicas de repertório instrumental inédito com influências do jazz e da música instrumental brasileira. Também no Sextas Sonoras, dia 20, às 19h30, é a vez do grupo Cordas Todas. Formado por João Nepomuceno na guitarra/violão, Marcílio Zarpelão Jr. na guitarra/violão, Edu Malta no baixo e Rodrigo Mardegan na bateria, o grupo apresenta arranjos e composições próprias de música instrumental. LiteraturaEste mês, no projeto 9 e ½ Semanas de Literatura, que promove encontros literários sobre os autores obras selecionadas para os vestibulares da FUVEST e da UNICAMP, no dia 7, às 15h, o professor Murilo Marcondes Moura fala sobre a vida e a obra de Manuel Bandeira. No dia 14, às 15h, a obra A Rosa do Povo, de Carlos Drummond de Andrade, é analisada pelo professor Dr. Roberto Zular. Sagarana, de João Guimarães Rosa, é a obra destrinchada no dia 21, às 15h, pela professora Dra. Ana Paula Sá e Souza Pacheco. No dia 28, às 15h, o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, será objeto da análise do mestre Luiz Maria Veiga. Sarau JuninoSarau ao ar livre, com direito a fogueira e show do grupo Comadre Fulozinha, que mescla diferentes ritmos brasileiros: coco, ciranda, maracatu e samba de roda. O grupo cria um estilo próprio, marcado pela força dos tambores e das vozes femininas, demonstrando grande riqueza rítmica e versatilidade. A apresentação fica por conta do coletivo "Poesia Maloqueirista" (Caco Pontes, Berimba de Jesus e Pedro Tostes) que ainda aproveita a oportunidade para lançar o número 17 da Revista Não Funciona. Dia 28, às 18h30. CCJ Drag Contest 2008Estão abertas, até o dia 14, as inscrições para o concurso que irá eleger, no dia 29, as duas mais glamourosas jovens Drags de São Paulo. Silvetty Montilla será a mestre de cerimônia. Três tops drags serão as juradas e também farão suas apresentações. Podem se inscrever maiores de 18 anos ou maiores de 16 com autorização dos pais. Solicite o formulário de inscrição pelo e-mail (ccjredessociais@prefeitura.sp.gov.br). Mostra: Eu Odeio O Mês dos NamoradosDia 4 - Segundas Intenções(Estados Unidos, 1999) Dir: Roger Kumble. Com Reese Witherspoon, Sarah Michelle Gellar e Ryan Phillippe. Kathryn desafia o meio-irmão Sebastian a deflorar a filha do diretor. Dia 5 - Sid e Nancy: O Amor Mata(Inglaterra, 1986) Dir: Alex Cox. Com Gary Oldman e Chloe Webb. O filme mostra os últimos meses de vida de Sid Vicious, baixista da banda punk inglesa Sex Pistols e o romance alucinado com Nancy Spungen, regado a drogas pesadas e álcool. Dia 11 - Atração Fatal(Estados Unidos, 1987) Dir: Adrian Lyne. Com Michael Douglas, Glenn Close e Anne Archer. Um advogado casado é seduzido por uma executiva, com quem tem um tórrido romance. Porém, quando ele a rejeita, ela passa a persegui-lo. Dia 12 - Dia Dos Namorados Macabro(Canadá, 1980) Dir: George Mihalka. Com Paul Kelman, Lori Hallier e outros. Cartões de amor macabros e caixas de bombons com corações humanos são enviados durante a preparação de uma festa de dia dos namorados. Dia 18 - Notas Sobre Um Escândalo(Inglaterra, 2006) Dir: Richard Eyre. Com Judi Dench, Cate Blanchett e Bill Nighy. Quando uma professora novata se envolve com um de seus alunos, a veterana ameaça revelar seu segredo para todos. Dia 19 - Encaixotando Helena(Estados Unidos, 1993). Dir: Jennifer Chambers Lynch. Com Bill Paxton e Sherilyn Fenn. Obcecado por uma linda prostituta, cirurgião plástico decide amputar seus membros para impedir que ela fuja. Dia 25 - Christine, o Carro Assassino(Estados Unidos, 1983, 109 minutos, DVD). Dir.: John Carpenter. Com: Keith Gordon, John Stockwell, Alexandra Paul e Robert Prosky. Christine é um carro com uma força maligna destrutiva, que seduz seu dono e não poupa crueldade para eliminar quem se coloca entre eles. Dia 26 - Closer: Perto Demais(Estados Unidos, 2004) Dir: Mike Nichols. Com Julia Roberts, Jude Law e Natalie Portman. Uma fotógrafa se casa com um homem, mas mantém um caso secreto com outro, que usa uma stripper como musa inspiradora. Toda Terça Tem Teatro – Sempre às 20h. Dia 10 - O Pagador de PromessasGrupo Cervantes. Texto: Dias Gomes. Dir: Antônio Tadeo. Dia 17 - O Exercício do PoderCia. A-TRI-ON. Texto: William Shakespeare. Dia 24 - Dom CasmurroGrupo Artemanha. Texto: Machado de Assis. Dir: Valdirene Rocha.


http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=24180

terça-feira, 10 de junho de 2008

Depois do ensaio

Relatório – 10/06/2008.
Discutimos sobre o documentário. Entramos num consenso que para se fazer um documentário, temos de partir de uma hipótese. No projeto falo muito sobre a questão da Memória e sobre a Indústria Cultural.
Nos situamos com a realidade do que quer dizer Industria Cultural na nossa realidade. Nos situando e vendo de fora, a Industria Cultural é monopólio dos Estados Unidos que escolhe uma mercadoria e fornece para os países subdesenvolvidos , países da MERCOSUL, e o Brasil se enquadra nessa realidade. Por tanto, somos brasileiros e sofremos dessa imposição, temos consciência disso. Sobre Memória, sabermos que o registro é uma questão de classe, conhecemos a história do Brasil pelos livros nas escolas, mas há historias que não sabemos, por que não foram registrados? É uma questão de classe.
Concluindo. Estamos lhe dando com a Geopolítica Mundial. Ouve a preocupação de se criticar o governos, pois ele esta nos pagando, mas estamos criticando o sistema e não uma política interna, por isso geopolítica mundial.
Lidamos com a questão do sistema, queremos entrar nele? O sistema incorpora projetos que não querem entrar nele. O Téo deu um exemplo muito legal.
“O sistema é uma barreira, que quando agente vai com as armas para derrubá-lo ele abre a barreira e entramos. O cordel do fogo encantado se sobressaiu na indústria, podemos te-los como referencia”.

Pesquisa para ajudar no nosso documentário

Gente, ta rolando uma pesquisa pra deixar o documentario melhor. Andei assistindo uns documentários com o Tinhorão, um grande critico da musica...


Vejam aii uma tentativa de relatório que fiz...

Bjinsssss

Aline



Pesquisa feita no Itaú Cultural para o Projeto VAI, Encantos Urbanos: A Margem da memória. 05/06/2008, para entender-se mais sobre a questão da Industria Cultural.
Jogo de idéias – José Ramos Tinhorão
Tinhorão é pesquisador, vivendo num contexto onde a informação é agressiva, ele traça um método contra essa maré. Utiliza do método dialético de Carl Marx, o que ao ver de alguns críticos, o leva ao ostracismo: “A realidade observada numa sociedade clássica numa cultura é uma cultura de classes”. Ao ver de Tinhorão, e que me faz concordar, tudo é um problema de classes, ou seja, a cultura da classe alta é uma, a da classe média é outra e a da classe baixa é outra. E conseqüentemente, a realidade cultural reflete a realidade material, onde entra Marx novamente.
“Vamos ver os fenômenos conforme a área de quem produz e quem consome”. Tinhorão.
A indústria cultural na década de 60 ganha muita força. Invade o mercado dos países subdesenvolvidos, colocando somente seus produtos. Ela quer primeiramente atingir o maior numero de faixas de compradores possível, sem interessar as datas especificas, atropelando as tradições.
“As multinacionais mataram as musicas de carnaval, juninas e de natal”
Tinhorão tem uma opinião muito critica em relação aos tipos de musicas que vem de fora digeridas pelo Brasil, segundo ele, são tipos de músicas que são impostas pela industria cultural para os países subdesenvolvidos, uma cultura importada. O Rap, por exemplo, os jovens escutam e cantam, mas por serem da periferia e não sabem inglês, não entendem nada do que escutam:
“Hoje em dia, gosta-se do que não entende”

Lidar com a questão de o artista ser um produto ele sendo bom ou não.

Anos 60 – Surgimento da Indústria Cultural.
Quais fatores ocasionaram essas mudanças nos anos 60? A transição do mundo Rural para o mundo urbano foi muito responsável por mudanças agressivas nos anos 60. Uma sociedade marcada pelo consumismo. Um período onde a transformação de todos os bens culturais em mercadoria a serem postas no mercado.
Além de Zeus – Documentário Itaú Cultural.
Um documentário que faz alusão a questão do Mito e os ídolos, os artistas, que ao serem endeusados passam a serem mistificados.
O que, mas me chamou atenção é quando se sita Star Trecker, ele fala sobre o maio enigma da humanidade:
1) De onde viemos
2) Onde estamos
3) Pra onde vamos
O Teo traz esses enigmas para o nosso Auto (Auto do Realejo Encantado).

Fotos do Sarau Cultural em Paraty




Gente, as fotos do Sarau Cultural em Paraty.
A Anna Maria quem tirou...
Valeu Anninha
Bjinsssssss
Aline

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Fomos convidados

Gente recebemos um convite...





Cara Aline,

O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE/ RJ - e o Instituto Pólis/ SP junto com uma rede de parceiros têm desenvolvido desde 2004 estudos no campo da juventude, em diversas capitais brasileiras e países da América do Sul.

A primeira pesquisa ocorreu entre os anos de 2004 e 2005, intitulada “Juventude Brasileira e Democracia – participação, esferas e políticas públicas”, que buscava conhecer características, necessidades e demandas dos jovens brasileiros, como também identificar os limites e possibilidades de participação juvenil, como sujeitos na consolidação do processo de democratização da sociedade brasileira.

Em 2007, o estudo sobre juventude se ampliou e agregou a América do Sul, com a pesquisa “Juventude e Integração Sul-Americana”. Neste momento o foco esteve na investigação de situações concretas em torno das quais houve intensa organização juvenil, em territórios do continente sul-americano, como Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. Um dos estudos de caso realizado foi sobre a “Revolta do Buzú” – conjunto de manifestações de estudantes contra o aumento de ônibus, que ocorreu em Salvador no ano de 2003.

Dando continuidade ao processo de investigação, em 2008 será desenvolvida a Pesquisa Juventudes Sul-Americanas: Diálogos para a construção da Democracia Regional, que tem como objetivos gerais:
- Ampliar o conhecimento sobre os jovens sul-americanos;
- Sistematizar, dar visibilidade e promover o reconhecimento e a incorporação das demandas expressas pelas organizações juvenis;
- Colocar em diálogo a diversidade juvenil sul-americana.

A primeira parte da Pesquisa consiste na realização de “Grupos Focais” para discutir as A situação dos jovens brasileiros, as diferentes formas de organização da juventude e suas principais iniciativas e demandas.

Gostaríamos de convidá-lo(a) para participar do Grupo que tratará de questões relativas às articulações e agrupamentos em torno da Cultura de Periferia. Serão convidados para participar desse encontro jovens que compõem diferentes grupos e organizações, com atuação na cidade de São Paulo.

Através da metodologia adotada todos terão espaço para expor suas opiniões e participar das discussões. O grupo será realizado com 10 a 15 pessoas, além das responsáveis pela pesquisa local. Cada participante receberá uma ajuda de custo para o seu deslocamento no valor de R$10,00 (dez reais) e será servido um lanche no final da atividade.

O Encontro acontecerá no dia 07/06, das 14h00 às 18h00. O local para a realização do encontro será na sede da ONG Ação Educativa (Rua General Jardim, 660).

Contamos com a sua presença!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu e a Ale fomos a casa desse moço muiiito generoso, o sobrenome dele ja fala por si só, Zé Modesto.
Falei sobre o projeto pra ele e disse que a idéia é comunicar as gerações. Mostramos a idéia de uma música que queremos que o Tio Renato Bráz cante em um dos Atos.

O Prof Zé Modesto no deu de presente um trecho e passou lição de casa p terminarmos heheh...

Valeuuu Zé



Tem a febre no chão que engruvinha as folhagens
E caduca as sementes trancadas de sol
É a vala sem chuva no barro quem cala o chão
Num secume de olhos carpidos, desamor
É a vala sem chuva no barro que cala o chão
Num secume de olhos carpidos.





Na música tem idéias poéticas do Compositor Léo de Abreu, da Musicista Cris Boch e minha no qual o Zé soube amarrar direitinhoooooooooo...

bjinssssssss

Sobre o documentário

Gente to deixando ai algumas reflexões referente ao documentário no qual a Palomix ajudou...


Reunião com a Paloma sobre documentário / 17 e 18 de Maio de 2008.
TÓPICOS PARA O CD-ROM
DVD – O Encanta Realejo / Resolver à questão cênico-musicais.
Documentário
Ficção
Vídeoclip

(Assistir- Sobre a Industri Cultural) O mundo é uma cabeça.

CD-ROM
A idéia sobre a pesquisa ressaltando a memória pode ser mais dichavado.
A explicação do trabalho cênico-musical pode ser mais dechavado também, pois dizer sobre minha experiência no teatro...
Como seria, Transpor diversas linguagens no vídeo? Essas tranzas entre musica, teatro, artes plásticas e tal. Destacando essa singularidade entre elas, talvez o desafio passe, nessa de integrar essas manifestações a maneira que rompa com essa linerialiedade.
Perguntar das referencias das pessoas do grupo.
Sócio drama PODE ENTRAR COMO DOCUMENTARIO. DOCUMENTARIO SOCIO DRAMA.
EXPLICAR AS COISAS COMO A ANIMAÇÃO DO FILME TIROS EM COLUMBAI.
A FIXÃO DO CURTA DA DRI PODE SER ENCIMA DOS PONTOS QUE TENHO DE SABER: INDUSTRIA CULTURAL, MEMORIA ETC.
Interdependência =
Recignificação do mundo, encantamento.
MARGEM = Ir a fundo nessa questão.
SEM RELAÇÃO DE DICOTOMIA, COMO ESSAS COISAS SE MISTURAM?
ROMPER COM ESSE PADRAO CULTURAL DE MASSA.
O que ganha espaço e o que não ganha espaço? Por que um ganha e outro não?
O que estou propondo como reflexão por trás de tudo?
Minha proposta permeia varias reflexões,
Relação publico e artista?

Entrevista com Amilton Faria, Instituto Polis. A questão do reencantamento do mundo, ele usa esse termo...
De que forma se entrar na indústria cultural, não entrar para massificar e sim para

Voltar estudar o livro da Marcia, o que os caras das gravadoras dizem.
Tentar explicar todo esse sistema por um jogo – Tiros em columbai, animação.

Artimanhas para se sobresair dos problemas.


Questões
O que eles percebem como desafio.
Quais as provocações? Coisas que cause provocações.

Que tipo de publico o trabalho afeta? Quem é esse publico (s)? como buscamos a junção das linguagens artísticas, consequencintemente unimos esses tipos de públicos, causando provocações nesses públicos que não estão abituados a ver outros tipos de linguagens artísticas. Isso pode entrar como discurso para o projeto. Como esse tipo de observações entraria no projeto?

Fazer as cartografias (mapeações) das reflexões.
Quais são as reflexões:
1- Margem – Pra que serve a memória?
2 - Memória – quem decide (direito a comunicação

2- Industria cultural
3- Espaço - Não